Está em estudos a celebração de convênio entre o Estado e o município para a instalação de uma Delegacia de Defesa em Itanhém. A informação foi transmitida à deputada Maria Lúcia Prandi (PT) pelo secretário estadual adjunto da Segurança Pública, Marcelo Martins de Oliveira. "Agora, vamos cobrar a aceleração dos trâmites", informa a deputada.

Maria Lúcia coordena a Frente Regional para Enfrentamento da Violência contra a Mulher e desde março está envolvida na criação de uma DDM naquele município. Na Região Metropolitana da Baixada Santista, apenas Itanhaém e Bertioga não contam com o serviço.

Juntamente com a vereadora Regina Célia de Oliveira (PT), de Itanhaém, foi traçada uma estratégia para conquistar novos apoios. Entre as ações está um abaixo-assinado, que recebeu quase 400 assinaturas.

Segundo dados da Fundação Perseu Abramo, a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil. A violência é, também, uma das principais causas de morte entre mulheres de 15 a 59 anos de idade. "As DDMs são importantíssimas para combater e prevenir a violência de gênero, que é um dos graves problemas enfrentados pela sociedade brasileira", afirmou a deputada.

Maria Lúcia lamenta que as DDMs ainda sejam poucas, cobrindo apenas 10% do total dos municípios brasileiros. Além do aumento de unidades, é preciso levá-las além da "atuação estritamente policial, tornando-as centros integrados de atendimento à mulher vítima da violência, com apoio social e psicológico", propôs a deputada.

Maria Lúcia Prandi também integra a mobilização pela criação de outras duas DDMs na Baixada Santista. Uma delas em Bertioga, por meio de trabalho conjunto com o vereador Maurício Santos Souza (PT), cuja solicitação obteve o apoio de mais de mil pessoas, em abaixo-assinado. A outra, na zona noroeste de Santos, em parceria com a Comissão da Mulher Advogada da OAB, o Fórum de Mulheres de Santos e o Conselho Regional de Psicologia.

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