Estado não coloca novas barcas em operação nas travessias litorâneas


01/04/2009 09:43

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Há 27 anos o governo do Estado entregou, pela última vez, barcas novas para as travessias marítimas de pedestres. Munduba, Embaré e Canéu são os nomes das mais "novas" embarcações. A denúncia é de Maria Lúcia Prandi (PT).

A parlamentar voltou a cobrar a concretização de projeto de renovação da frota, com aquisição de embarcações modernas, menores, mais ágeis. Superlotação nos horários de pico, demora, lanchas fora de circulação por problemas mecânicos, barulho excessivo e estado de conservação precário são problemas vivenciados diariamente pelos usuários.

"Nos últimos 27 anos a demanda cresceu progressivamente e o Estado mantém as mesmas embarcações em operação. É preciso dar um basta a essa história de descaso", enfatiza a deputada, que protocolou dois documentos na Assembléia Legislativa. Em um deles, propõe a implantação de um projeto de modernização da ligação Santos " Vicente de Carvalho. Em outro, cobra informações a respeito dos planos e estudos feitos por técnicos da Dersa ao longo dos últimos anos, que nunca saíram das gavetas.

Segundo Prandi, como são muito antigas e trabalham no limite, as embarcações quebram constantemente, agravando ainda mais a situação que já é caótica.

Nos documentos enviados ao governo Estadual, a parlamentar já antecipa que a possível construção de uma ligação seca entre Santos e Guarujá não terá praticamente nenhum reflexo para a vida dos pedestres que dependem das barcas. "A não ser que o Estado crie uma linha de ônibus com dezenas de veículos para dar conta da demanda hoje precariamente atendida pelas barcas", argumenta a deputada Prandi, ressaltando que é defensora da ligação marítima, "caminho mais curto, desde que o serviço seja eficiente".



mlprandi@al.sp.gov.br

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