Opinião - As heroínas modernas


08/03/2010 17:01

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As transformações que acompanham a humanidade também trouxeram mudanças drásticas no papel da mulher no pós-moderno. Hoje, a mulher vem desempenhando inúmeras funções, além de participar cada vez mais na construção de nossa sociedade. Em minha legislatura também tenho me preocupado em manter o bem-estar das mulheres de nosso Estado. Criei projetos de lei de atendimento à gestante, prevenção à gravidez precoce e disponibilização gratuita de vacinas contra o HPV e o câncer de colo de útero.

No dia 8 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Parabenizo todas as mulheres por esse dia. Essa é uma das datas mais importantes, pois remete ao ano de 1857, em que as operárias de uma fábrica têxtil em Nova York protestavam contra a jornada diária de 16 horas e os baixos salários. Como resposta à manifestação, os patrões mandaram incendiar o prédio e 129 mulheres morreram queimadas. No decorrer do tempo, as mulheres foram conquistando cada vez mais espaço.

Hoje, elas têm maior participação, não só no mercado de trabalho, mas também nas esferas política e econômica. Hoje, elas também têm liberdade na hora de escolher com quem se relacionar, não há mais, na maioria dos casos, a pressão da família ou mesmo da sociedade. As mudanças consideráveis dizem respeito à relação delas com o trabalho, já que a mão de obra feminina tem sido muito procurada. Porém, a mulher moderna ainda sofre com a dificuldade de conciliar as demandas familiar, profissional e afetiva.

No geral, a mulher ainda é a responsável pelo bem-estar da família; muitas ainda separam um tempo para ajudar na lição de casa dos filhos, ouvir o marido, limpar e cozinhar. As mulheres são batalhadoras e têm conquistado muitos espaços em nossa sociedade; elas conseguem viver com a dupla e até mesmo tripla jornada de trabalho, trabalhando dentro de casa e agora também fora dela.

O ideal feminista, como movimento organizado, que surgiu na Revolução Francesa, hoje é uma realidade na maioria das sociedades modernas. No Brasil, o número de mulheres consideradas chefes de família cresceu 79% em dez anos, segundo a Síntese dos Indicadores Sociais divulgada em 2007 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Brasil, outra vitória feminina foi a aprovação da Lei Maria da Penha. Decretada pelo presidente em 2006, ela cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Resultado da luta pelos direitos da mulher, a lei visa coibir a violência doméstica e familiar, prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher, aprimorando o Código Penal e agravando a punição.

Muitas foram as conquistas femininas das últimas décadas, vários são os caminhos construídos pela recente história que incluíram as mulheres como formadoras e modificadoras do ambiente em que vivem. Parabenizo novamente todas as mulheres pela força que vêm demonstrando em nossa sociedade. Que novas conquistas venham.

*Gilmaci Santos é deputado estadual e presidente do PRB paulista. Também participa das comissões de Defesa dos Direitos do Consumidor e de Economia e Planejamento.

alesp