Cabo Wilson diz que representantes de associações de policiais de oito estados pedem paralização geral


27/10/2000 18:21

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Como presidente da Associação Nacional dos Cabos, Soldados e Bombeiros, o deputado estadual Wilson Morais (PSDB) falou do plenário da Assembléia Legislativa de São Paulo que ele teria de estar presente nas negociações salariais entre os PMs de Pernambuco e o governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), "mas, ontem, estava para ser votado neste plenário o Plano de Carreira, que beneficiará 64 mil cabos e soldados, por isso pedi ao Cabo Júlio, deputado federal e meu amigo, para participar das negociações no meu lugar." Cabo Júlio, um dos três deputados mais votados do país, foi afastado da PM de Minas Gerais por ter participado da greve de 1997.

O deputado Wilson Morais disse que as autoridades estão tentando acabar com a greve dos policiais, "mas o governador não quer conversar. O que os policiais estão pedindo é o cumprimento da lei estadual". O salário dos policiais é de R$ 75, portanto, a metade do valor do salário mínimo, R$ 151.

Cabo Wilson afirmou ter recebido, somente nesta sexta-feira, 27/10, telefonemas e ofícios das Associações de Cabos e Soldados de oito Estados pedindo que seja feita uma greve geral da PM em solidariedade aos policiais de Recife. "Acho que esse não é o melhor caminho, mas há uma pressão muito grande para que haja greve geral." Cabo Wilson também afirmou que, ao contrário do que o governador Jarbas Vasconcelos diz, "o movimento dos policiais de Recife está consolidado."

O governador Jarbas Vasconcelos disse que só vai negociar com os PMs quando estes "abandonarem a posição intransigente de ilegalidade e desrespeito à Justiça e voltarem ao serviço".

alesp