São Paulo sediará Olimpíada Internacional de Ciências


27/11/2006 18:01

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Entre os dias 4 e 11/12, a cidade de São Paulo receberá cerca de 200 jovens estudantes de 31 países, que participarão da III International Junior Science Olympiad (IJSO 2006) ou Olimpíada Internacional Júnior de Ciências. Além do Brasil, os jovens vêm da África, da América do Sul, da Ásia e da Europa. "O evento é dedicado a estudantes entre 13 e 16 anos e tem como principal objetivo estimular o ensino de ciências, principalmente nas disciplinas de Biologia, Química e Física", diz o professor Ozimar Pereira, organizador da IJSO no Brasil. "Nas duas primeiras edições, realizadas em 2004 e 2005 na Indonésia, país onde a competição nasceu, o Brasil ficou, respectivamente, em 16º lugar e 12º lugar. Desta vez, como país-sede, pretendemos ganhar a medalha de ouro", informou o professor.

Escolhido pelos organizadores do evento para ser o coordenador de relações governamentais, o deputado estadual Aldo Demarchi (PFL) foi um dos responsáveis pela reserva de espaços públicos onde ocorrerão atividades ligadas à Olimpíada de Ciências. "A abertura oficial será realizada em 4/12, no auditório Elis Regina, no Centro de Convenções do Anhembi. Já em 5/12 haverá uma visita monitorada dos estudantes à Assembléia Legislativa", informou o deputado.

Provas

Cada time de participantes da Olimpíada é composto por seis estudantes e as provas abordam assuntos relacionados a Biologia, Física e Química, em nível de dificuldade semelhante à 2ª fase do vestibular da Fuvest. Haverá três provas: uma de múltipla escolha, uma dissertativa teórica e a última experimental. Os assuntos são tratados separadamente em cada prova. As duas primeiras provas são realizadas individualmente. Mas a terceira, a prova experimental, é resolvida em duplas ou em trios.

As provas da IJSO estão sendo elaboradas por um comitê de pesquisadores do Centro de Biotecnologia Molecular e Estrutural (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fapesp, sediado no Instituto de Física de São Carlos da USP). As provas são elaboradas em inglês e cada delegação a traduz, sob a supervisão de professores brasileiros, para o idioma nativo de cada estudante.

Além das provas, os jovens também cumprirão uma extensa programação científica e cultural. Estão programadas visitas ao centro histórico de São Paulo, ao Instituto de Física e ao Museu de Geociências da USP, à General Motors (em São Caetano do Sul), ao Museu de Arte Moderna, ao Planetário do Ibirapuera, à Vila de Paranapiacaba, ao porto de Santos, ao Museu Pelé e ao Playcenter, entre outras atividades.

Segundo o professor Ozimar Pereira, mais importante do que saber quem serão os países vencedores, que ganharão medalhas de outro, prata ou bronze, é a experiência que os jovens estudantes ganham ao participar de um evento tão grandioso como esse. "Também temos como objetivo procurar fazer com que eles se integrem e conheçam um pouco das culturas dos outros países", revela o professor.

Como país-sede da competição, o Brasil tem direito de participar da IJSO 2006 com dois times (os outros países disputam com apenas um). Logo, o Brasil será representado por 12 estudantes.



Confirmados

Além do Brasil, mais 30 países irão participar da III IJSO. São eles: Afeganistão, Albânia, Alemanha, Argentina, Azerbaijão, Camboja, Cazaquistão, China, Coréia do Sul, Estônia, Federação Russa, Gana, Holanda, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Kuait, México, Moldávia, Nigéria, Quênia, Reino Unido, Romênia, Sérvia, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Vietnã e Zimbábue.

A III IJSO tem apoio da USP (Universidade de São Paulo), da Unip (Universidade Paulista), da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, do Ministério da Educação, da Embratur, da Intel e da AES Eletropaulo.

ademarchi@al.sp.gov.br

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