Copa de 2014, Olimpíadas e as responsabilidades do Legislativo


13/08/2009 21:24

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Seminário na Assembleia pretende avaliar experiências dos organizadores de Copas do Mundo em 2006, 2002 e 1998 e debater problemas que surgirão e as possíveis soluções





Ao final da Copa das Confederações realizada na África do Sul, no último mês de junho, jornalistas do mundo inteiro e funcionários da Fifa fizeram um balanço da competição; quesitos como hospedagem, segurança, acomodações nos estádios, trânsito, entre outros, foram avaliados com tempo suficiente para correções de rumo por parte dos organizadores.

Vale lembrar que, um ano antes da realização da Copa do Mundo, a infraestrutura nas principais cidades do país onde se realizarão os jogos deve estar pronta para o teste. Isso coloca junho de 2013 como a data para o Brasil cumprir as exigências da Fifa e ser avaliado na nossa Copa das Confederações. Apesar das muitas semelhanças com as cidades brasileiras, as populações das principais metrópoles da África do Sul, como Johannesburgo e Cidade do Cabo, não chegam a 3 milhões de habitantes, muito menores, portanto, que as populações das cidades brasileiras.

São Paulo, sabemos, é uma das escolhidas e por ser a maior cidade brasileira deve concentrar o maior público visitante. Temos, portanto, quatro anos para estarmos prontos para o teste e cinco para o início da Copa.



Cronogramas



Se por um lado o Poder Executivo espera eventos de nível internacional para melhorar o turismo, ele também depende de obras que proporcionem ao visitante bem-estar e a satisfação por ter vindo, além de nele despertar o desejo de voltar ao nosso país. Se o evento tem curta duração, como uma corrida de Fórmula I, a logística envolvida é uma. Para um evento como a Copa mundial, que tem a duração de cerca de um mês e provoca deslocamentos de multidões acompanhando os times vencedores, a logística é muito mais complicada. E é aí que o papel do Legislativo se sobressai, já que uma das principais funções da Assembleia Legislativa é a fiscalização dos cronogramas das obras a serem realizadas com o intuito de resolver os problemas do Estado, alguns crônicos, como o trânsito e a falta de segurança.



Comissões Parlamentares



As comissões permanentes da Assembleia paulista são órgãos técnicos que se ocupam de discutir e apreciar projetos de lei, emendas e outras proposições, antes de sua votação em plenário; convidar ou convocar autoridades públicas para prestar esclarecimentos acerca de assuntos de sua competência e realizar audiências públicas. A Comissão de Segurança Pública, por exemplo, que se debruçou sobre a questão da segurança nos estádios, principal preocupação num evento como a Copa do Mundo, ouviu várias sugestões de especialistas no assunto, como a instalação de câmeras de segurança nos estádios, assentos numerados e outras medidas, uma vez que o Brasil ainda é apontado com o país em que mais morrem torcedores.

A Comissão de Esportes e Turismo, que atualmente estuda a criação do Programa de Esportes e Lazer do Estado de São Paulo (Proelesp), tem papel fundamental na implantação de programas que incentivem a participação de jovens em atividades esportivas, mesmo porque o Brasil pretende também abrigar as Olimpíadas de 2016, uma ótima oportunidade para mudar definitivamente a educação no Brasil, criando uma estrutura de esportes que sobreviva para além dos eventos esportivos e que dê cidadania aos excluídos.

A rigor, todas as comissões permanentes da Casa podem estar envolvidas nesses importantes eventos, cada uma delas fiscalizando os agentes responsáveis pelas diferentes etapas dos cronogramas e ampliando o alcance de cada projeto, adequando-o no pós-Copa para o uso regular dos espaços construídos, e utilizando a experiência nesses eventos para participar de outros.

Para se situar melhor quanto aos problemas que surgirão e tentar encontrar possíveis soluções, a Assembleia agendou para o período de 9 a 11 de novembro de 2009 um seminário cujo público alvo são empresas de turismo, hotelaria, crônica esportiva e esportistas em geral. O encontro promete abranger os seguintes assuntos: mostrar ao Brasil a experiências dos organizadores de Copas do Mundo em 2006, 2002 e 1998; assimilar o planejamento da Copa do Mundo nas cidades brasileiras e no continente americano; apresentar as perspectivas de desenvolvimento social e econômico num país que sedia uma Copa do Mundo; analisar os resultados de uma Copa do Mundo na explosão do turismo, na geração de empregos e na auto-estima do povo hospedeiro.

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