DA ASSESSORIAA Comissão de Cultura, Ciência e Tecnologia, presidida pela deputada Célia Leão (PSDB), promoveu na terça-feira, 22/4, seminário sobre a Regulamentação do Documento Eletrônico. O objetivo foi discutir a validade desses documentos e a exposição de métodos que certifiquem a sua autoria e integridade. Fizeram parte da mesa os seguintes palestrantes: Augusto Tavares Marcacini, membro da OAB-SP; o deputado federal Júlio Semeghini; Paulo Roberto Gaiger, diretor do Departamento de Documento Eletrônico do Colégio Notarial do Brasil; Luiz Antônio Lazarin, juiz do TRT/15.ª Região; Kival Weber, diretor presidente da empresa Polo de Software; o consultor Walter Koch; Antônio da Silva Seita, do Banco Votorantim; e José Henrique Portugal, do Serviço Federal de Processamento de Dados. A deputada explicou que a maior preocupação com relação ao tema é a segurança do sistema. "A briga no Legislativo é para que os cidadãos tenham garantidos em lei seus direitos de privacidade".Assinatura digital, regulamentação do comércio eletrônico, documento eletrônico no Poder Judiciário de São Paulo e o papel da tecnologia no governo foram alguns dos assuntos debatidos. Célia Leão apresentou em março deste ano projeto de lei que reconhece o uso da assinatura digital, com a finalidade de dar validade jurídica aos documentos eletrônicos usados pela administração pública estadual ou por terceiros. O assunto foi discutido no seminário, assim como o projeto do deputado federal Júlio Semeghini, já aprovado pelo Senado e aguardando votação na Câmara Federal. O advogado Marcacini afirmou que os documentos eletrônicos são alteráveis, pois nenhum sistema é 100% livre de ataques, uma vez que podem ser modificados pelos hackers. Já o deputado Júlio Semeghini disse que o Brasil precisa criar estrutura para dar plenas garantias à população para acessar com confiança um sistema de documentação. "Um órgão específico para controlar isso tem que ser criado, a fim de que seja constituído um cadastro de certificação", comentou.Com o advento das assinaturas eletrônicas, já é possível preservar a integridade e conhecer a autoria de um documento eletrônico, o que traz segurança para os negócios realizados pela Internet ou por outros meios de transmissão eletrônica de dados. Estiveram presentes representantes dos bancos do Brasil e Nossa Caixa; da Procuradoria Geral do Estado e da OAB/SP; da USP, Unesp e Unicamp; do Detran, Tribunal de Alçada Criminal e Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). Descartes de Souza Teixeira, diretor do Instituto de Tecnologia de Software (ITS), que também esteve presente, anunciou a realização do Simpósio de Tecnologias de Documentos, entre os dias 17 e 19 de setembro no Centro de Convenções Frei Caneca, na Capital. Em maio, haverá ainda um seminário sobre Software Livre, a ser organizado pela deputada Célia Leão.