Notas de Plenário


13/07/2006 19:13

Compartilhar:


Jovens na área da gastronomia

Ana Martins (PCdoB) parabenizou a parceria firmada entre a Assembléia Legislativa, a Prefeitura de São Paulo e o Instituto Mensageiros para o curso de formação de jovens na área da gastronomia. A deputada acredita que essa iniciativa seja fundamental: "Há mais de 15 milhões de jovens entre 15 a 29 anos que precisam ter a oportunidade do primeiro emprego e freqüentar uma universidade pública". Ana Martins afirmou que a Assembléia Legislativa aprovou no Orçamento estadual do ano passado um valor muito significativo para a criação de vagas e ampliação de cursos universitários. Segundo ela, os jovens querem estudar hotelaria, turismo, serviço social etc. "Necessitamos de 10 mil vagas. Não podemos ficar com apenas 2.040. Precisamos permitir que a população das classes média e pobre tenha acesso à universidade". De acordo com a deputada, o presidente da Casa, Rodrigo Garcia, está disposto a solicitar uma audiência pública com o Conselho Universitário da USP, com a reitora Suely Vilela e com o professor Dante De Rose Junior, diretor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, da USP zona leste, para discutir o assunto.

São Paulo de joelhos

"Bandidos, mais uma vez, colocam São Paulo de joelhos", disse o deputado Conte Lopes (PTB). Para o deputado, as autoridades não dão nenhuma solução e só falam "baboseiras". O deputado lamentou que continuem ocorrendo ataques contra policiais militares, suas famílias e outros segmentos da sociedade. Bases da PM, supermercados, concessionárias de carros, bancos, delegacias, instalações da Polícia Civil, prédios públicos, viaturas, ônibus e pessoas inocentes continuam sendo alvo do crime organizado. Segundo ele, 2 mil policiais "que enfrentavam bandidos nas ruas" estão recebendo tratamento psicológico. O deputado afirmou que, enquanto se pensa na eleição de outubro, com jogadas político-partidárias, os policiais continuam sendo mortos. A decisão de colocar um policial militar à paisana dentro de um ônibus é, para Conte Lopes, "mirabolante". "Isso poderá provocar a morte de mais inocentes."

Alvos móveis

O deputado Fausto Figueira (PT) disse que foi protocolada, ontem, no Ministério Público estadual, representação assinada por ele e por mais 23 deputados estaduais contra Saulo de Castro Abreu Filho, secretário da Segurança Pública, pela forma "desrespeitosa" como este tratou o Poder Legislativo quando participou de reunião da Comissão de Segurança Pública. A representação foi entregue ao procurador geral de Justiça, Rodrigo César Rebello Pinho. Para o deputado, a atitude do secretário foi "covarde e indecorosa". Figueira afirmou que o secretário compareceu à audiência acompanhado de 40 cabos da Polícia Militar, que vaiavam os deputados, e não respondeu a nenhuma pergunta. Ele acredita que o secretário é um dos responsáveis pela crise por que passa São Paulo. Segundo o parlamentar, Saulo se comportou de forma covarde quando, ao ser alertado sobre os ataques que seriam feitos pelo crime organizado, não avisou sua tropa: "Ele esperou que os policiais militares fossem caçados como alvos móveis".

Atitude

"Hoje pela manhã, as empresas se recusaram a pôr seus ônibus nas ruas", disse Sebastião Almeida (PT). Para ele, a onda de terror que assola a cidade é fruto dos 12 anos de governo peessedebista. O deputado disse que o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, teve a ousadia de aparecer nos programas de televisão e dizer que tudo está sob controle. "Controle do PCC?", perguntou Sebastião Almeida, que pediu ao governador Lembo que tome uma atitude. O que hoje ocorre, segundo ele, é fruto da falta de investimentos em escolas técnicas, em áreas de lazer e em cultura para a juventude. "Policiais são assassinados fazendo bico, porque o salário deles não dá para viver." Na situação atual, o parlamentar acredita que o governador deveria aceitar a ajuda do governo federal: "O mais certo é ter humildade e pedir ajuda", concluiu.



Ataque contra bandidos

Conte Lopes (PTB) voltou à tribuna para falar sobre os ataques praticados pelo crime organizado em São Paulo. O deputado afirmou que, na sua época, a polícia combatia o crime: "Respondi a dezenas e dezenas de processos e estou vivo. Se morrer, já mandei um montão para a casa do diabo". Hoje, como deputado, Conte acredita que tem o dever de representar a população. "Fui eleito com 207 mil votos. Por isso, faço minha parte." Sobre o tratamento psicológico recebido pelos policiais militares, o parlamentar ironizou a forma como são questionados esses profissionais: "Como você se sente quando vê um irmão morto? Como está sua sexualidade? Vejam a que ponto chegamos!". Conte Lopes declarou que nada tem contra o secretário Saulo de Castro e o governador Cláudio Lembo, mas foi contundente ao dizer que as autoridades, sejam elas quais forem, precisam agir com urgência. "Temos um verdadeiro exército em São Paulo. São 140 mil homens, nas polícias Civil e Militar. Só perdemos para o exército argentino", comparou.

alesp