Deputadas querem que ministro visite Base Aérea de Santos


27/04/2006 15:24

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As deputadas federal Telma de Souza e estadual Maria Lúcia Prandi (ambas do PT) convidaram no dia 19/4 o ministro da Defesa, Waldir Pires, para fazer uma visita à Base Aérea de Santos. As parlamentares sugeriram também que o comando da Aeronáutica promovesse uma audiência pública para que todas as implicações em torno da continuidade ou não da unidade pudessem ser debatidas com a comunidade local. As parlamentares também entregaram ao ministro um histórico, enfatizando a importância da base para o município de Guarujá e para a região da Baixada, tanto em termos econômicos quanto de segurança, e sugerindo alternativas à desativação.

Waldir Pires, de acordo com as deputadas, ficou de estudar a possibilidade de uma vinda à base. "O ministro demonstrou todo o interesse em encaminhar uma solução negociada para o caso, admitindo a procedência das preocupações que surgiram a partir das notícias sobre a provável desativação da base", explicou Telma de Souza, que, da mesma forma que Maria Lúcia Prandi, não vê incompatibilidade entre a continuidade das operações da unidade área militar e uma futura implantação de um aeroporto civil, a exemplo do que acontece em outros 17 aeroportos no país, compartilhados por aeronaves dos dois tipos.

Segundo as deputadas, existem duas propostas que permitiriam a continuidade da Base Aérea de Santos. Uma seria a criação do 4º Esquadrão Operacional do 8º Grupamento de Helicópteros da FAB, já que São Paulo, embora seja o principal Estado do país, não dispõe de uma unidade desse tipo. Outra alternativa seria a transferência do 2º Esquadrão, atualmente sediado no Recife (PE), o que não implicaria perda significativa para a capital pernambucana, que já dispõe de uma ampla infra-estrutura da Aeronáutica.

Além de enfatizar os prejuízos à economia local (cerca de R$ 60 milhões por ano deixariam de circular no município e na região) e os riscos de fechamento do curso técnico de Mecânicos de Aeronaves, Telma e Maria Lúcia salientaram ao ministro que o fechamento da base implicará, também, um grave afrouxamento do esquema de segurança que garanta intervenções aéreas de emergência no porto de Santos e no pólo petroquímico de Cubatão. As deputadas lembraram ainda que, em breve, a região também abrigará a Unidade de Negócios de Gás e Petróleo da Petrobras, mais um equipamento que necessitará de apoio nesse setor.

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp