Maria Lúcia Prandi (PT) manifestou repúdio à demissão de 900 trabalhadores da Sabesp, entre eles 120 que atuavam na Baixada Santista e no Vale do Ribeira. As demissões foram consumadas na terça-feira. A parlamentar pede a imediata suspensão dos cortes, que devem golpear 2.250 trabalhadores, todos aposentados que continuam na empresa, até 2011.

"É o agradecimento perverso que a empresa oferece aos profissionais que dedicaram a ela toda uma vida de trabalho. São cortes lineares e em massa, tendo como critério único a condição de aposentado. A população também está sendo punida, com a precarização ainda maior dos serviços", desabafa Prandi.

A empresa tem a intenção de reduzir em 3% o custo da folha de pagamento. "A população tem que saber que a empresa sacrifica pais e mães de família, mas mantém gastos escandalosos com publicidade", destaca a parlamentar. "Neste item, quanto maior o gasto, melhor, porque a Sabesp não faz direito a lição de casa e usa a propaganda para mascarar a incompetência".

A deputada Prandi lamenta que a Sabesp mutile o seu quadro profissional e continue praticando terceirizações, com a queda da qualidade dos serviços.

"A concessionária, lamentavelmente, demite os que lá trabalham, têm experiência e estão comprometidos com os resultados. O que a estatal precisa é acabar com as terceirizações, que são outro ralo por onde o dinheiro público vai por água abaixo. É preciso preencher vagas por concurso público e valorizar o quadro de pessoal".



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