Vamos deixar bem claro o seguinte: determinadas entidades e alguns políticos usam indevidamente o termo "direitos humanos" no momento de defender maior conforto para criminosos nas prisões, sem jamais se preocupar em proteger as vítimas dos bandidos.

Uma vez que a população de São Paulo aprendeu a separar o joio do trigo e sabe muito bem que essas tais entidades de direitos humanos apenas protegem criminosos, temos de deixar claro que nós, cidadãos de bem, é que somos defensores dos direitos humanos. Deve ser cassada, por exemplo, a autoridade do ministro da Justiça, José Gregori, para falar em defesa dos direitos humanos em entidades internacionais... Logo ele, um dos mais insistentes defensores da libertação dos seqüestradores do empresário Abílio Diniz. Numa viagem para os Estados Unidos, o ministro José Gregori fez um discurso na ONU para anunciar providências do Brasil em defesa dos direitos humanos dos presos e acabou sendo obrigado a ouvir a contestação de uma grande autoridade americana, que alertou para a necessidade de os governos serem rígidos contra quem pratica violência.

É verdade que, de vez em quando, o noticiário mostra determinadas tragédias da vida dos Estados Unidos: algum maluco sobe até uma torre e começa a metralhar pessoas. Mas isso tem a ver com o fato de os americanos terem enfrentado guerras. Timothy McVeigh, o homem executado com uma injeção letal, em junho passado, por ter sido responsável pelo atentado que matou 168 pessoas em Oklahoma, por exemplo, havia sido integrante das forças que lutaram na Guerra do Golfo. No Brasil, não há guerras, mas sim vítimas: o povo tem medo até de sair de casa. E fala-se em direitos dos bandidos.

*Afanasio Jazadji é jornalista e deputado estadual pelo Partido da Frente Liberal.