PF vai investigar pirataria na Barra de Santos


24/05/2004 17:29

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Da Assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

A Polícia Federal já está empenhada nas investigações para identificar e capturar a quadrilha que vem roubando barcos de pesca na entrada da barra de Santos e em terminais pesqueiros da Baixada Santista. A informação foi transmitida à deputada Maria Lúcia Prandi (PT) pelo secretário nacional de Aqüicultura e Pesca, José Fritsch, logo após a abertura do Simpósio Internacional sobre Gestão de Entrepostos e Terminais Pesqueiros no último dia 20/5. Segundo Fritsch, a ação da Polícia Federal foi determinada pelo ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos.

Preocupada com a sucessão de casos, Prandi conversou com o secretário Fritsch e pediu seu engajamento na questão. "Ele já conhecia o problema e levou a questão ao ministro da Justiça, que determinou a ação imediata da Polícia Federal nas investigações", relata a deputada.

"A investigação é sigilosa, mas os agentes federais estão agindo para garantir segurança àqueles que trabalham na pesca", afirma Prandi, ciente de que o problema aflige armadores e pescadores, gerando medo na comunidade pesqueira em função da violência dos marginais.

A parlamentar já havia encaminhado ofícios no dia 28 de abril aos responsáveis pela Capitania dos Portos, Polícia Federal, Polícia Militar Ambiental e Polícia Civil da região, ressaltando a importância desses órgãos agirem conjuntamente na troca de informações para desbaratar o grupo criminoso. "Já houve respostas positivas no sentido desse esforço conjunto", acrescenta a parlamentar.

Como agem

Os piratas vão ao encontro dos barcos pesqueiros em embarcações velozes, que permitem aproximações e fugas rápidas. Na maioria das vezes, levam equipamentos caros e primordiais à navegação, como bússolas, sonares, GPS e radares, além de pescados de alto valor de mercado. Além dos prejuízos financeiros, estes grupos causam pavor pela enorme truculência com que agem contra pescadores artesanais e tripulações, por meio de espancamentos. A situação gera humilhação e indignação aos trabalhadores da pesca, que passam longo tempo longe de suas famílias para obterem o sustento e vêem seu esforço desperdiçado.

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp