Deputado quer mutirões de cirurgias de catarata e próstata no Estado


19/05/2006 17:59

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O deputado Pedro Tobias (PSDB) solicitou ao governador Cláudio Lembo providências no sentido de autorizar a realização de mutirões para cirurgias de catarata e de próstata em todo o Estado de São Paulo.

Em seu documento encaminhado ao governador, Pedro Tobias lembra que, em 1999, o então ministro da Saúde, José Serra, instituiu mutirões de cirurgias de catarata, próstata, varizes e hérnia. "Na época, a idéia do ministro era desafogar a fila de espera. Foi um programa de absoluto sucesso, aprovado não só pela população como também pelas várias entidades médicas do país", ressalta o deputado, revelando que os mutirões realizaram 3 milhões de cirurgias e 2 milhões de exames pré-operatórios.

Pedro Tobias disse que, infelizmente, a partir de março deste ano, o Ministério da Saúde acabou oficialmente com os mutirões de cirurgias, alegando que criarão um sistema mais eficiente e permanente. "O governo Lula adotou simplesmente uma decisão política, apenas querendo apagar o brilhante trabalho desenvolvido na gestão José Serra à frente do Ministério da Saúde", criticou o deputado.

De acordo com ele, a extinção dos mutirões de cirurgias, especialmente de catarata, vem sendo alvo de severas críticas por parte das autoridades médicas brasileiras. "O fim dos mutirões foi muito lamentado durante o Congresso Internacional de Oftalmologia, realizado em março na cidade de São Paulo", lembra Pedro Tobias.

Pedro Tobias explica que a catarata incide com mais freqüência entre as pessoas acima dos 50 anos, mas pode se manifestar em qualquer faixa etária. Segundo ele, só existe uma forma de tratar a catarata: a cirurgia que substitui o cristalino por uma lente. "A cirurgia é relativamente simples, pois não exige internação hospitalar nem afastamento das atividades normais do indivíduo", salienta o deputado, acrescentando que a cirurgia recupera a visão de mais de 90% dos pacientes.

Sobre o câncer de próstata, o deputado diz que é o tumor mais comum em homens com mais de 50 anos de idade. "Trata-se de uma doença que, se diagnosticada e tratada no estágio inicial, é totalmente curável, mas se não for tratada adequadamente poderá comprometer os limites da próstata e invadir outros órgãos adjacentes", explica Pedro Tobias.

ptobia@al.sp.gov.br

alesp