Notas de Plenário


04/08/2005 19:21

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Hiroshima nunca mais

"Oito horas da manhã, dia 6 de agosto de 1945, após um silencioso clarão que se estendeu por nove quilômetros de altura, eclode o trágico acontecimento que marcou a história da humanidade: 130 mil mortos e 80 mil feridos na cidade de Hiroshima que possuía na época, em sua totalidade, 330 mil habitantes", lembra Marquinho Tortorello (PPS). O deputado lembrou que a bomba atômica, lançada pelo jovem piloto Paul Tibbets, até hoje causa conseqüências indeléveis também em Nagazaki, onde seu rastro deixou 40 mil mortos e 40 mil feridos, e à saúde da humanidade.

Casseta e Planeta

Inconformado com os últimos acontecimentos no cenário federal, Milton Flávio (PSDB) disse que a população precisa ser respeitada e que o presidente não está incólume. O deputado aponta que os desvios começaram na campanha presidencial e o único herdeiro político do Delúbio foi Lula. Milton Flávio comentou ainda que programas humorísticos de televisão, aproveitando-se deste momento, achincalham como nunca os governantes e a classe política e conclui que, neste momento de vergonha, nem ele nem o povo serão passados por idiotas.

Insensibilidade do governador

"Eduardo Azeredo não passará incólume também", responde Mário Reali (PT) ao discurso de Milton Flávio. Reali lamentou o recém publicado veto do governador a emendas da Lei de Diretrizes Orçamentárias. "Alckmin anulou quase integralmente o artigo 4, sacrificando, mais uma vez, a educação em seus recursos e o importante trabalho do Legislativo de São Paulo. O deputado argumenta, como exemplo, que além das nove FATECs existentes foram criadas mais cinco unidades, totalizando 14 faculdades de teconologia. "Necessariamente, o governo teria de prever mais reursos para o ensino técnico e técnicnológico no orçamento."



Referendo contra armas

O deputado Conte Lopes (PP) criticou o fato de que, enquanto existe a confusão das CPIs em Brasília, os políticos ainda queiram promover campanha para o referendo que irá decidir sobre a proibição ou não do comércios de armas de fogo no Brasil. "Será o único país a proibir!", reclamou. Segundo o parlamentar, se as pessoas dependerem de polícia para se defender, terão de esperar meia hora pelo socorro. Outro ponto abordado foi a dificuldade na aquisição de porte de arma. "Dizem que os homicídios são produto de briga em família! Não é bem assim. Segurança não pode ter arma, polícia não pode ter arma. Se alguém ameaçar outro de morte, quem te dará a segurança ao ameaçado se este não tiver uma arma? Vamos pensar bem sobre isso na hora de votar."

Igualdade de tratamento

"De acordo com a Constituição Federal, todos são iguais perante a lei. Esse é o princípio de igualdade e, diante dessa verdade jurídica, venho falar da luta dos servidores da Justiça do estado por seus direitos", disse o deputado José Bittencourt (PTB). O parlamentar reivindicou a fixação da data-base para a revisão anual de seus vencimentos. "O que me espanta é que quando o assunto é de interesse da magistratura, o processo flui com rapidez. Se não houver tratamento igualitário nesta Casa, não estaremos agindo de acordo com os princípios da Constituição."

Universidade federal

Vanderlei Siraque (PT) demonstrou satisfação com o projeto de lei, enviado pelo presidente Lula, que permite a instalação de uma universidade federal na região do grande ABC. "Apesar de haver outras universidades públicas na região, essa será a primeira que, além de pública, é gratuita", argumentou. Para o deputado, esta é uma luta de muitos anos dos setores trabalhistas, dos empresários, dos estudantes, professores e também dos políticos. A universidade abrigará 20 mil alunos e oferecerá cursos de graduação e pós-graduação.

Diferença na mídia

"A crise nacional do sistema partidário brasileiro, que atinge todos as legendas do país, tem chamado atenção: o tratamento diferenciado que a mídia faz aos partidos", pronunciou o deputado Carlos Neder (PT). O depoimento do senador Eduardo Azevedo do PSDB sobre sua campanha em 1998, admitindo existir caixa 2, deu a entender que essa prática é natural em campanhas eleitorais, analisou Carlos Neder. "A imprensa trata diferentemente o PT e o PSDB. A crise do PT faz parte de uma crise do sistema partidário. O ex-tesoureiro do PT recebeu aval de Marcos Valério para receber recursos. Nesse caso, o partido todo levou a responsabilidade pelo ato de um elemento". Para Neder, os parlamentares do PT não podem fazer o mesmo que Valdemar Costa Neto (presidente do PL), que renunciou ao cargo sem prestar os devidos esclarecimentos.



Fim da barganha

Os fatos que movimentam a CPI dos Correios, na opinião do deputado José Bittencourt (PTB), motivam o deputado a insistir na mudança da legislação eleitoral. "Se prevalecer, por no mínimo 3 anos após a eleição, a obrigatoriedade da fidelidade partidária, veremos o fortalecimento ideológico surgir, o vínculo entre parlamentar e partido tornar-se mais coerente e, ainda, propiciar o fim da barganha". Ele também apontou a unificação das eleições como um modo de combate às legendas de aluguel e aos partidos oportunistas. Bittencourt é contrário ao financiamento público de campanhas eleitorais, pelo perigo de desvios de verbas de setores vitais para a sociedade, e ressaltou a necessidade de o candidato possuir ficha limpa. para Bittencourt, o PTB "está na trincheira da luta pela justiça."

Respeita mas discorda

A rejeição das contas da campanha para eleição da ex-prefeita Marta Suplicy, foi abordado pelo deputado Ítalo Cardoso (PT). "Respeito a posição do juiz eleitoral, Francisco Olavo Guimarães Peret Filho, mas discordo da sentença. Os advogados do partido entrarão com recurso, bem fundamentado, junto ao TRE", anunciou Cardoso. As irregularidades apontadas pelo juiz, afirmou o deputado, foram sanadas. A opção de prestação de contas do comitê único de campanha do PT, na opinião do parlamentar, gerou equívocos de interpretação. Entretanto, segundo Cardoso, o procedimento foi similar ao da campanha do prefeito Serra, o que para ele soa "estranho", reafirmou.

Humildade engrandece

Vinicius Camarinha (PSB) relatou haver recebido recentemente telefonema do desembargador presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Elias Tâmbara, informando de sua ida à Marília para inaugurar 3 novas varas judiciais. Segundo Camarinha, a afabilidade e humildade do presidente do TJ conquistou a todos que o receberam. Com a afirmação "o que engrandece o homem é sua humildade" o parlamentar agradeceu ao presidente Tâmbara. O deputado solicitou ao governador Geraldo Alckmin, a ampliação do fórum da cidade para adequar o espaço físico às novas necessidades estruturais.

Orgulho são-caetanense

Emocionado com o 128º aniversário de São Caetano do Sul, comemorado em 28/7, deputado Marquinho Tortorello (PPS) contou a história sobre a fundação do município e a relevante participação dos imigrantes nesse processo " em especial das 28 famílias de italianos que, por dois anos, foram alimentadas pelo governo imperial em troca do cultivo agrícola. "Hoje, São Caetano tem 140 mil habitantes distribuídos em 15 quilômetros quadrados e 16 bairros", disse orgulhoso o parlamentar. Tortorello ressaltou ainda que nos últimos oito anos o município foi considerado o melhor do Brasil em qualidade de vida e o terceiro melhor do mundo.

alesp