PFL discute programa para retomada do crescimento econômico a partir de 2003

(com fotos)
01/06/2001 16:49

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O Partido da Frente Liberal (PFL) começa a se preparar para a sucessão presidencial, em 2002, com um workshop para discutir um programa de governo - Programa 2003: Compromisso com o Crescimento. O evento, coordenado pelo deputado federal Marcos Cintra, reuniu, na manhã desta sexta-feira, 1/06, no auditório Franco Montoro, na Assembléia Legislativa, políticos e dirigentes nacionais, prefeitos e vereadores do partido em São Paulo.

"Diferentemente dos demais partidos, o PFL entende que, antes de chegar à escolha de um nome, é necessário estabelecer as diretrizes que o partido deseja adotar", disse o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen. Ele prevê que até novembro estará pronto esse conjunto de idéias, faltando escolher o candidato que se caracterize como porta-voz adequado a elas. "Precisamos ter um compromisso com o crescimento do país e com a distribuição de renda", completou Bornhausen. Para ele, à estabilidade da moeda e ao fim dos monopólios devem somar-se reformas do Estado e da Previdência, entre outras.

Para o líder do PFL na Assembléia, deputado Rodrigo Garcia, a iniciativa do partido mostra que, além das preocupações com a governabilidade e a estabilidade, é preciso trabalhar para obter o crescimento econômico. "O PFL tem uma importante contribuição a dar para os destinos do país - e quiçá esses destinos sejam conduzidos pelo PFL", completou.

Na primeira parte do workshop, o economista Paulo Rabello de Castro, do Instituto Atlântico, fez uma explicação sobre o que chamou de "tropicalismo financeiro": um quadro que mostra, desde a década de 80, elevação da carga tributária e da dívida pública interna, enquanto a taxa de crescimento permanece abaixo de 3%. "Chega de tanto imposto", criticou. "É preciso que o governo olhe também para suas despesas." Ele rechaça o que chamou de "planos heterodoxos" e propõe três frentes de atuação para um plano de governo: emprego, família e previdência. Ele acha viável uma meta de crescimento de 5% para 2003.

A primeira parte do evento contou também com a participação do ministro da Previdência, Roberto Brant. "A Previdência é um elemento de efetiva inclusão da população", disse, ao avaliar que, além do crescimento econômico, a inclusão social de parcela da população é um grande desafio.

Participaram ainda do evento o presidente e o diretor do Instituto Tancredo Neves, deputado federal Vilmar Rocha e Gustavo Krause, respectivamente; e o professor da Faculdade de Economia da USP, José Pastore. A mesa de abertura contou também com a presença do deputado federal Gilberto Kassab, do senador Romeu Tuma e de Cláudio Lembo.

alesp