Da Tribuna


05/04/2011 19:38

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Enchentes



Vitor Sapienza (PPS) falou sobre as enchentes na marginal Tietê e suas consequências. Segundo ele, após a retificação e loteamento da várzea do rio Tietê, as inundações só pioraram. Ele ainda lembrou que o governador Alckmin fez o rebaixamento da calha do rio, mas isso não bastou para solucionar o problema. "Nós nos deparamos com lixo, móveis jogados no rio... tudo isso obstrui o curso natural das águas. E, infelizmente, não há uma solução a curto prazo. Precisamos bater na tecla da educação", alertou. (DK)



Polícia Militar



"Por meio de ação judicial da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado, determinou-se a correção no holerite dos policias", disse Olimpio Gomes (PDT), referindo-se ao Adicional de Insalubridade, que voltará a ser calculado com base no salário mínimo em vigor, elogiando postura do governador Geraldo Alckmin sobre o assunto. Gomes também leu nota de esclarecimento em que o presidente da Associação dos Oficiais da PM, o coronel da reserva Luiz Carlos dos Santos, afirmou que o loteamento onde foram encontrados cerca de 300 quilos de drogas não pertence mais à associação ou à Polícia Militar. (DK)



Fora da lei



Itamar Borges (PMDB) afirmou que há mais de 25 mil imóveis em área limítrofe à região dos Grande Lagos (Fernandópolis, Jales, Santa Fé do Sul e Votuporanga), cujos proprietários estão sendo autuados pelo Ibama e Conama, porque os imóveis estão a menos de 100 metros da orla. "Existe uma lei específica que trata de rios e córregos, mas não há lei que trata dos lagos artificias. As ocupações existentes na região devem ser respeitadas porque os órgãos ambientais as autorizaram no passado", defendeu. (DK)



Não ao preconceito



Leci Brandão (PCdoB) desaprovou todas as formas de preconceito e mostrou-se indignada com a postura do deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ). A deputada lembrou de episódio em que Bolsonaro fez comentários que, segundo Leci, ofenderam os segmentos de negros e de homossexuais. Ela ainda afirmou que a imunidade parlamentar, que garante a liberdade do político de se expressar abertamente, "não pode protegê-lo do abominável crime de racismo. O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons", concluiu, parafraseando Martin Luther King. (DK)



Policiais



João Antônio (PT) prestou solidariedade aos negros e parabenizou Leci Brandão pelo pronunciamento, no qual a deputada criticou Jair Bolsonaro por suas declarações num programa de televisão. O parlamentar defendeu que é preciso colocar posturas preconceituosas em seu devidos lugares. Outro assunto tratado por ele foi a divisa de Ferraz de Vasconcelos com o bairro do Itaim Paulista, na capital, onde se localiza um cemitério, palco da execução de um criminoso por dois policiais. "Ele tinha de pagar pelo crime, mas não dessa forma, deveria ser julgado pela lei. Atitude de policiais como esses mancham o nome de todos os outros", declarou. (DV)



Unicamp



Carlos Giannazi (PSOL) agradeceu a presença de parte dos trabalhadores da Unicamp nas galerias e anunciou que estes, juntamente com os alunos, estão lutando contra a vontade do reitor, Fernando Costa, de terceirizar serviços da universidade visando sua privatização. O deputado denunciou que os funcionários que participaram de protestos têm sido punidos com inquéritos policiais, judiciários e administrativos. Giannazi retratou que a Usp, por meio de seu reitor, também tem aplicado punições aos servidores. "Estão se comportando como se ainda estivessem no período da ditadura". Convidou o reitor para comparecer às comissões de Educação e também de Direitos Humanos da Casa para prestar esclarecimentos. (DV)



Santa Casa



Luiz Carlos Gondim (PPS) lamentou a possibilidade de o pronto-socorro da Santa Casa de São Paulo fechar devido à defasagem dos valores repassados à instituição de acordo com a tabela do SUS. O parlamentar declarou que o hospital tem tido grandes prejuízos, e perguntou o que seria feito se a entidade deixasse de atender 600 pessoas por dia. Fez um apelo ao governador Geraldo Alckmin, à prefeitura de São Paulo e ao Ministério Público para que ajudem a equilibrar a situação. Referiu-se à população pobre do Estado como a que mais vai sofrer com o fechamento do hospital. (DV)



Contra as drogas 1



Jooji Hato (PMDB) mencionou que 300 quilos de cocaína foram apreendidos pela polícia, no dia 4/4, e citou a realização de seminário na Casa, em 5/4, organizado pelos deputados petistas Donisete Braga e Enio Tato, que abordou o combate ao crack e outras drogas. Hato elogiou a iniciativa de ambos e falou que está preocupado com o crescente uso de drogas pela população. O deputado questionou até que ponto um traficante pode chegar para lucrar em cima dos usuários, como adicionar às drogas compostos como adrenalina e veneno para insetos. (DV)





Contra as drogas 2



Donisete Braga (PT) falou do seminário sobre o combate ao crack e outras drogas, que contou com a participação de alguns parlamentares. Para Braga, antigamente quem sofria com o uso de drogas eram os moradores de rua, porém, nos dias de hoje, esse mal atinge todas as camadas sociais. Agradeceu Enio Tato e a Confederação Nacional dos Municípios pela parceria e a organização do evento e prometou redigir um documento para os 94 deputados com os assuntos tratados no seminário para discussão. (DV)



Pela moradia popular



Luiz Marcolino (PT) expôs as bandeiras pelas quais lutará na Assembleia, dando destaque aos movimentos de moradia popular. Segundo ele, há áreas de interesse para o estabelecimento dessas moradias, como na região da Nova Luz, que já está ameaçada pela especulação imobiliária. Marcolino criticou o fato de a prefeitura da capital determinar metragem de 37 m² para os apartamentos populares, quando o ideal seriam 60 m², e de construir habitações populares em áreas sem infraestrutura urbana. Ele falou ainda dos dois pedidos de instalação de frente parlamentar que irá protocolar, em defesa da moradia popular e em defesa do microcrédito e da economia solidária. (MF)



Investimentos em Ribeirão Preto



A assinatura de convênio entre o governo do Estado e a USP para a instalação do Polo de Alta Tecnologia e a entrega de conjuntos habitacionais, ambas em Ribeirão Preto, foram comemoradas por Welson Gasparini (PSDB). Ele registrou sua satisfação também com a tramitação do novo Código Florestal, que considerou "adequado aos tempos em que vivemos, onde o agronegócio representa 40% da economia". Gasparini pregou a necessidade de uma reforma política, passando pela redução do número de partidos, muitos dos quais são meras legendas de aluguel. Ele ainda disse que os partidos deveriam fazer uma seleção ética de seus candidatos. (MF)



Detran e saúde



"A maior decisão do governador nesse início de gestão foi a retirada do Detran da polícia, passando-o para a Secretaria de Gestão", disse Pedro Tobias (PSDB), que falou que o secretário privilegiará o atendimento por meios eletrônicos, e que os funcionários serão concursados. Tobias reclamou da falta de reajuste da tabela SUS, pois a partir do dia 20 de cada mês os hospitais ficam atendendo sem receber, o que gera prejuízos cumulativos. Em São Paulo, a situação é pior, pois pessoas de todo o Brasil e de outros países vêm aqui se tratar, e é onde são feitos 60% dos transplantes, 70% das cirurgias de câncer e 80% dos atendimentos complexos no Brasil, citou o deputado. (MF)



Medicamentos de alto custo



O drama dos pacientes que precisam de medicamentos de alto custo, que chegam a custar R$ 15 mil a caixa, e que nem sempre são encontrados no SUS, foi abordado por Carlos Cezar (PSC). Apesar de ser constitucional a obrigação do Estado de zelar pela saúde dos cidadãos, isso nem sempre é cumprido, o que leva esses doentes a enfrentar "uma verdadeira maratona de horas perdidas nas entranhas da burocracia em busca da saúde". Ainda assim, esses remédios, muitas vezes obtidos na Justiça, são fornecidos por vezes sem regularidade. Cezar disse que esse desrespeito "não pode ser tolerado na sétima economia do mundo". (MF)



Enchentes na zona leste



As 30 mil famílias que terão suas casas desapropriadas para a construção do Parque Linear do Tietê não sabem ainda para onde vão, falou João Antonio (PT). Segundo ele, a população da zona leste da capital e do Alto Tietê sofre com enchentes, apesar dos R$ 3 bilhões gastos por Alckmin, em 2006, em obras no rio Tietê, quando foi anunciado que o problema estaria resolvido por cem anos. Apenas cinco anos depois, o rio está assoreado, pois não foram previstas intervenções nas bacias, e nunca houve dragagem entre as barragens da Penha e de Edgar de Souza. "A zona leste e cidades vizinhas", finalizou o deputado, "inundam com qualquer chuva, pois estão abaixo do leito do rio". (MF)

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