CPI dos Combustíveis ouve presidente da Petroforte na próxima terça-feira

(Com fotos)
05/06/2001 17:58

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O depoimento de Ari Natalino da Silva, superintendente da distribuidora Petroforte, à CPI dos Combustíveis foi adiado para a próxima terça-feira, 12/6, às 15 horas.

A CPI reuniu-se na Assembléia Legislativa, nesta terça-feira, 5/6, com a finalidade de ouvir os representantes das empresas Exxel Brasileira de Petróleo Ltda., Miceno Rossi Neto, Macon Distribuidora de Petróleo Ltda., Mário Catani, e Petroforte Brasileiro Petróleo Ltda. No entanto, só os dois primeiros foram interrogados. Os depoimentos destes foram além das 18 horas e a comissão entendeu ser mais proveitoso adiar para a próxima semana o de Ari Natalino da Silva. O superintendente da Petroforte é suspeito de uma série de práticas irregulares, como adulteração de combustíveis, roubo de cargas e envolvimento com o narcotráfico. Em seu curto pronunciamento, Ari Naytalino disse sofrer a perseguição da imprensa e campanha difamatória orquestrada, já que se trata de um empresário que se destacou no mercado, disputando com as grandes distribuidoras, "as sete irmãs".

A CPI ouviu o depoimento do representante da Exxel, Marcelo Rossi Neto, iniciado às 15h20, que disse que a adulteração de combustíveis é feita após o produto sair da base. "O combustível que sai das distribuidoras com base própria é o mesmo que chega das refinarias. Mas após sair da base, sei que de uma carreta se faz 3 ou 4", afirmou. Perguntado sobre quem seriam os adulteradores, disse não poder identificá-los. Mas avaliou que as facilidades para essa prática devem-se em grande medida às facilidades para a compra de solventes.

Já o representante da Macon, Mário Catani, 71 anos, apresentou-se como um novato no ramo. Disse que é gerente-geral da empresa há apenas quatro meses, após ter adquirido 10% da participação societária. Acrescentou que seu sócio é um grupo com sede nas Ilhas Virgens, que envia ao Brasil, de dois em dois meses, um representante. Não soube responder aos membros da comissão quantos litros de combustível vende, qual o lucro e o patrimônio líquido da empresa. O deputado Vitor Sapienza (PPS) questionou ao depoente se este fez declaração de renda nos últimos anos. Diante de resposta negativa, o deputado avaliou que todos os indícios apontam que Mário Catani funciona como um "laranja".

alesp