A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) chega a demorar mais de dois meses para emitir a carteira que garante a gratuidade aos portadores de necessidades especiais nas linhas de ônibus intermunicipais da Baixada Santista. A denúncia é da deputada Maria Lúcia Prandi (PT), que está cobrando providências do secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Ribeiro, e do presidente da estatal, Joaquim Lopes da Silva Júnior.

Segundo a parlamentar, o vereador santista Ademir Pestana (PT) foi procurado pela mãe de um adolescente portador de deficiência intelectual que teve sua credencial retida pelo motorista de ônibus. Ele foi orientado pelo motorista a obter um novo documento, com foto. Num dos postos credenciados pela EMTU em São Vicente, a mãe recebeu a informação de que a carteira pode demorar até dois meses para ser expedido. Enquanto isso, o jovem não pode usufruir da gratuidade na tarifa

Conforme apurou a deputada, a demora ocorre porque a EMTU só dispõe de uma máquina digital e um funcionário para fotografar os portadores de necessidades especiais nos 19 postos credenciados pela empresa, nas nove cidades da região. "Se a empresa está modernizando o sistema para combater eventuais fraudes, isso precisa ser feito dentro de uma programação", ela afirma.

Para Maria Lúcia, a substituição das antigas carteiras deveria ser feita de maneira gradual, sem gerar acúmulo de demanda. Além disso, o modelo anterior deveria continuar válido até que o novo ficasse pronto. "Por que a empresa não fez uma ampla divulgação da mudança, estabelecendo uma data limite para que as pessoas efetuassem a troca?", propõe.

A deputada também não se conforma com o fato de os motoristas estarem retendo as credenciais antigas ou impedindo o acesso de quem não tenha o novo documento. "Eles deveriam ser orientados a informar os usuários sobre a necessidade da troca, dentro de um cronograma lógico e sem açodamento", ela conclui.

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