Da assessoria do deputado Simão Pedro

Quanto custaria ao país promover uma agenda de inclusão social factível, que elevasse o Brasil ao nível dos países com os melhores índices sociais, em um prazo razoável? Responder diretamente a essa pergunta é a tarefa que o grupo de pesquisadores liderados pelo economista e ex-secretário do Trabalho do município de São Paulo, Marcio Pochmann, se propôs a responder. O 5º Volume do Atlas da Exclusão Social no Brasil - "Agenda não liberal da inclusão social no Brasil", editado pela Cortez Editora, apresenta uma proposta de investimento social nacional para os próximos 16 anos.
R$ 7,2 trilhões. Esse é o volume de recursos necessários para que o Brasil possa se igualar ao nível de inclusão social dos países com os melhores indicadores. Educação, Saúde, Saneamento, Habitação, Cultura, Informática, Pobreza, Trabalho decente e Previdência Social foram às áreas analisadas. Além da estimativa nacional da dívida social, neste Atlas há informações referentes a cada um dos 27 Estados brasileiros. Um exemplo é o caso do Estado de Minas Gerais, que necessita de um investimento social total de cerca de 716 bilhões de reais.
"O quinto volume da série Atlas da Exclusão Social vai além do diagnóstico engajado do Brasil. Ao arriscar a constituição de uma agenda não liberal de inclusão social projeta para os próximos 16 anos um país possível para todos os brasileiros. É por isso que todos aqueles apaixonados pelo Brasil e que não se deixam abalar pelo conservadorismo excludente de sua elite, encontram a sua disposição nas páginas deste Atlas um conjunto de ferramentas (análises e sistematização de informações) a serem usadas em favor da construção do Brasil solidário e inclusivo", destaca o economista Marcio Pochmann.
Diante da injusta realidade nacional, a equipe de pesquisadores de diversas universidades brasileiras produziu um conjunto de elementos para uma agenda não liberal de inclusão social conforme dois cenários: o padrão mediano e o avançado de inclusão social, que, obviamente, exigem volumes de investimentos distintos
Os autores são pesquisadores da Unicamp, USP e PUC-SP. A obra faz um diagnóstico completo da situação de cada indicador social para o conjunto do País e para cada estado da Federação. Para os 16 anos compreendidos entre 2005 e 2020, traz uma agenda de inclusão social que permitiria ao País chegar a 2020, sem as marcas atuais da pobreza, desigualdade e violência. Além disso, explica porque fracassaram as tentativas de inclusão social promovidas entre 1950 e 2000.
O Atlas da Exclusão Social no Brasil será lançado na Assembléia Legislativa na próxima quarta-feira, 9/3. Veja programação abaixo.


Título: Atlas da Exclusão Social no Brasil - Agenda não liberal da inclusão social no Brasil (Vol. 5). Cortez Editora.

Autores: Marcio Pochmann, Alexandre Barbosa, José Valter Arcanjo da Ponte, Marco Antonio Nascimento Pereira, Ronnie Aldrin. (organizadores); Alexandre Guerra, André Campos, Cláudia Cirino, Cláudia Magalhães, Enzo Couto, Juliana D´Ávila, Marcelo Benedito, Marcelo Pereira, Marcelo Phintener, Marcos Oliveira, Tatiana Scalco.


PROGRAMAÇÃO
14h30 - Abertura
Deputado Simão Pedro - Presidente da Comissão de Serviços e Obras Públicas

15h - O Índice de Exclusão Social
Exposição do Prof. Dr. Marcio Pochmann - Intituto Datasol/Unicamp

16h - Políticas de Combate à Pobreza
Exposição do Prof. Denis Maracci Gimenez, CESIT-Unicamp

17h - Lançamento do livro e da Coletânea
5º Volume do Atlas da Exclusão Social
Agenda não Liberal da Inclusão Social no Brasil

8h - Encerramento do Evento
Data: 9 de março (quarta-feira)
Horário: das 14 às 18 h

Local: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
Plenário Teotônio Vilela - 3º andar

spedro@al.sp.gov.br