Da Redação

O líder do Partido dos Trabalhadores, deputado Carlinhos Almeida participou do Programa de Recepção aos Deputados da 15ª Legislatura, dia 15/2, e falou sobre a eleição da nova Mesa Diretora.

"O PT decidiu apoiar uma chapa de consenso, que permita a participação de todos os partidos na composição da Mesa e das Comissões."

Segundo Carlinhos, a base para o acordo é a apresentação de um programa que amplie a participação da sociedade civil no Legislativo e que conceda maior autonomia ao Poder. "A Assembléia precisa ter mais liberdade para fiscalizar a administração pública."

A posição do partido é fundamental para a composição da próxima Mesa, uma vez que saiu das eleições de outubro de 2002 como a maior bancada isolada. Embora os governistas tenham base de sustentação para disputar a presidência da Casa, tanto por ter maioria com a coligação eleita quanto pelo apoio de partidos pequenos, uma composição de consenso aplainaria o terreno para a próxima legislatura.

Chapas de consenso não são novidade na Assembléia. Nos últimos oito anos, PT e PSDB compuseram três mesas diretoras. A presidência foi exercida por deputados do PSDB (Ricardo Trípoli, Vanderlei Macris e Walter Feldman) e a primeira secretaria, por parlamentares petistas (Professor Luizinho, Roberto Gouveia e Hamilton Pereira).

O crescimento da bancada petista de 14 deputados, eleitos em 1998, para 23, eleitos em 2002, deve fortalecer seu poder de fogo na disputa pelas comissões permanentes. A idéia é plantar posições nas comissões de maior importância, de forma a torná-las mais representativas da atual composição da Casa. Segundo o petista Antônio Mentor, antes da postulação de nomes deve-se discutir uma proposta de consenso para a Assembléia, que dê as diretrizes básicas para a gestão da próxima legislatura. Ele aponta, por exemplo, o aprofundamento da participação popular, por meio da realização de audiências públicas em todas as regiões administrativas para discutir o orçamento do Estado.