CPI ouve representantes do Sindicato das Transportadoras e da Anfavea

(com fotos)
29/05/2001 17:45

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A CPI dos Combustíveis da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Edmir Chedid (PFL), ouviu na tarde desta terça-feira, 29/5, esclarecimentos do presidente do Sindicato Nacional do Comércio Transportador, Revendedor, Retalhista de óleo diesel, óleo combustível e querosene, Álvaro Rodrigues de Antunes Faria, acerca de eventuais irregularidades na distribuição, comercialização e qualidade dos combustíveis no Estado.

Faria informou que existem 621 empresas registradas no sindicato dos transportadores, ou TRRs, como são conhecidos, "113, no Estado de São Paulo", e sugeriu aos deputados a leitura do relatório final da CPI dos Combustíveis de 1997, pois, na sua opinião, existem lá fatos "importantes".

O depoente afirmou não ter conhecimento de misturas de querosene à gasolina. "A atividade das TRRs é uma das mais regulamentadas. Somos obrigados a relacionar todas as compras e vendas diárias à Agência Nacional de Petróleo (ANP)", disse.

Para o representante da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Marco Antonio Saltício, a qualidade do combustível nacional é uma preocupação constante. "Um veículo terá desenvolvimento satisfatório se a gasolina utilizada for padrão, ou seja, acrescida de 22% de álcool." Segundo Saltício, o motorista comum não consegue perceber a diferença de um combustível adulterado de um padrão.

Marco Antonio declarou à CPI que a Anfavea não tem condições de fiscalizar os postos de combustíveis, mas a ANP tem firmado convênios com universidades públicas para que esse trabalho seja realizado. "As montadoras já chegaram a pagar pelo uso de combustível adulterado, apesar de os problemas causados pelo uso de tal combustível não constarem na garantia concedida pelos fabricantes."

alesp