Deputada questiona adiamento da licitação para obras de saneamento em Ilha Bela

Maria Lúcia Prandi afirma que obras são essenciais para preservar qualidade do mar na cidade
28/01/2003 15:40

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DA ASSESSORIA

A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) está cobrando do governo estadual uma explicação sobre os motivos que levaram ao adiamento da licitação para obras de saneamento em Ilha Bela (Litoral Norte). Em ofício enviado ao secretário estadual de Obras, Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, que no momento também responde pela presidência da Sabesp, a parlamentar requer informações sobre as causas do adiamento e a previsão para retomada do processo. A abertura dos envelopes com as propostas das empresas estava prevista para o dia 23/01, mas foi adiada por tempo indeterminado pela estatal.

"Apenas 4% do esgoto produzido em Ilha Bela é coletado e tratado adequadamente. Esta obra de ampliação do sistema é uma antiga reivindicação da população local, sendo fundamental para preservar a qualidade ambiental da cidade", enfatiza a deputada Prandi, no documento encaminhado ao secretário. As obras previstas na licitação iriam beneficiar, especificamente, os bairros Barra Velha (o mais populoso do município, com 5 mil moradores) e o Jardim do Éden.

Conforme destaca a parlamentar, se foi detectado algum problema ou falha no processo licitatório, é preciso encontrar rapidamente um solução para que a situação seja resolvida e a obra possa começar. "É sempre bom lembrar que para cada R$ 1,00 investido em saneamento básico são economizados R$ 4,00 com gastos em saúde pública, já que o tratamento do esgoto impede a proliferação de uma série de doenças", explica Maria Lúcia, lembrando que há pelo menos seis anos os moradores desses bairros aguardam esta obra.

A deputada Prandi aproveitou para reforçar a reivindicação de ampliação do sistema de coleta, tratamento e destinação final do esgoto em todos os municípios do Litoral Norte do Estado. Além de Ilha Bela, que registra o menor índice de tratamento, Caraguatatuba tem apenas 19% da cidade atendida pelo serviço, proporção que chega a 24% em Ubatuba e 35% em São Sebastião. "São índices baixos nos quatro municípios, comprometendo a qualidade de vida e o meio ambiente nessas cidades que são verdadeiros santuários ecológicos. È fundamental que o Estado agilize as obras para ampliar o sistema e impedir que o esgoto continue chegando sem tratamento à natureza, trazendo enormes transtornos também à vida humana", finaliza.

alesp