Com extensas áreas de mananciais em seus 834 km² , a região do Grande ABC paulista, com sete municípios, conta hoje com 69 policiais para realizar o patrulhamento e a fiscalização das áreas de proteção ambiental. Cada policial tem responsabilidade de proteger 12 km². Em 2006, eles registraram 5.485 ocorrências na região. "O contingente é pequeno para áreas tão sensíveis como as do ABC", diz o deputado Donisete Braga (PT). O parlamentar enviou indicação ao governador José Serra pedindo aumento do contingente e a instalação de uma base da Polícia Ambiental na cidade de Mauá.O levantamento sobre o contingente da Polícia Ambiental no ABC foi obtido por meio de requerimento de informação enviado pelo deputado ao secretário estadual de Segurança Pública. Foi informado de que atualmente o efetivo total da Polícia Ambiental no Estado de São Paulo é de 2.276 policiais militares.No total, o Estado possui quatro batalhões de Polícia Ambiental. O 1º Batalhão, sediado em São Paulo, atende a região metropolitana e as regiões de Campinas e de Sorocaba, com 202 municípios. O 2º Batalhão, sediado em Birigüi, atende as regiões de Bauru, Presidente Prudente e Marília, com 186 municípios.Já o 3º Batalhão está sediado em Guarujá e atende um total de 68 municípios do Litoral Sul, Norte e Vale do Paraíba. O 4º Batalhão, com sede em São José do Rio Preto, abrange as regiões de Fernandópolis, Franca e Ribeirão Preto, totalizando 189 municípios.Sobre o contingente da Polícia Ambiental no Estado, a secretaria de Segurança Pública considera que "o contingente atual está adequado para o atendimento da demanda".Para o deputado Donisete Braga o contingente poderia ser um pouco maior."O pequeno efetivo de policiais, associado à ausência de fiscais do Estado e das prefeituras, acaba permitindo devastação, ocupações irregulares, desmatamentos, entre outras mazelas que destroem a natureza", lamenta Braga, lembrando que a proteção policial ao meio ambiente tem sua base legal no artigo 195 da Constituição do Estado.dpbraga@al.sp.gov.br