Se os investimentos em Educação são uma forma indireta de combate à criminalidade e à desigualdade social, São Paulo tem dado passos largos nesse sentido, seja por meio de programas que estimulam a leitura, a prática de esportes e a profissionalização, seja pela expansão da rede física, ampliando o número de vagas. Prova de que a rede foi ampliada são os índices de atendimento: hoje, 99% das crianças paulistas entre 7 e 14 anos estão na escola; entre os jovens de 15 a 17 anos, esse índice chega a 95%.

É evidente que ao esforço de abrir novas vagas também se deve somar a tarefa de fixar o aluno à escola. Programas atrativos aos alunos foram implantados como o Leia Mais, que garantiu a distribuição de mais de 3 milhões de livros de literatura, o de cobertura de quadras esportivas, que está atendendo mais de 2.000 escolas em todo o Estado (muitas delas em Bauru e região), e o de informatização, que levou computadores e Internet a 2.800 estabelecimentos de ensino.

Essa iniciativa afasta os menores da rua e proporciona a oportunidade de um futuro melhor para eles. Defendo que a criança precisa ser tirada da rua, porque o lugar dela é na escola.

Na minha opinião, a escola foi feita para ensinar e para preparar o jovem para o futuro. Na escola, o aluno aprenderá, no mínimo, a conviver socialmente e ficará longe da rua, o que é mais importante no processo.

Filosoficamente, defendo a permanência constante do aluno na escola. Nesse sentido, apresentamos projeto de lei na Assembléia Legislativa propondo ensino em período integral em todas as escolas públicas do Estado. Se a proposta for aprovada, as escolas deverão complementar o período já existente com atividades extracurriculares, como prática de esportes, teatro, dança, música, artes plásticas, folclore e aulas de cidadania.

Na escola, o aluno se sente protegido, recebe carinho e apoio como também deve ter em seu ambiente familiar.

Todos os avanços implantados na Educação de São Paulo vão ter efeitos importantes nos próximos anos. Toda mudança é lenta. Não basta apenas reduzir o número de analfabetos e a evasão escolar. É preciso oferecer novas oportunidades como o governo de São Paulo está fazendo. É preciso dar mais tempo para que elas se estabeleçam, que os alunos concluam os cursos, se profissionalizem, melhorem sua condição de vida. O importante é que o primeiro passo já foi dado.

*Pedro Tobias é deputado estadual pelo PSDB.