Campanha por hospital estadual supera as expectativas


11/06/2008 20:09

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A campanha por um hospital estadual para atender aos quase 700 mil moradores da microrregião de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, no Grande ABC, está superando a expectativa dos organizadores. Até esta quarta-feira, 11/6, já foram coletadas 80 mil assinaturas das 100 mil previstas até o final deste mês. Nas 80 mil não estão computadas as que estão sendo coletadas pela Igreja Católica na Diocese do Grande ABC nem as recolhidas nos cultos das igrejas evangélicas. As coletadas pela Igreja Católica serão entregues no dia 17/6, na Igreja Matriz de Mauá.

A iniciativa da campanha é do 1º secretário da Assembléia Legislativa, deputado Donisete Braga (PT), em parceria com o Movimento Acesso à Saúde, Acesso à Vida, coordenado por Miguel Lajarin, morador de Mauá e militante social na área de saúde. "A adesão é surpreendente. Creio que ultrapassaremos o objetivo de 100 mil assinaturas. Cerca de 95% das pessoas assinam o abaixo-assinado na hora", comemora Miguel Lajarin, para quem "a adesão maciça é fruto da demanda reprimida no ABC".

Iniciada em 12/4, a campanha está sendo feita de casa em casa nos municípios de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Em Mauá há também três postos fixos de coletas de assinaturas. Um está localizado na passarela de acesso ao Jardim Rosina, outro na passarela central de acesso à prefeitura da cidade e o terceiro na Praça 22 de Novembro, junto à avenida Barão de Mauá.

Os sete municípios do Grande ABC contam hoje com apenas 2.337 leitos do SUS para atender os cerca de 2,5 milhões de habitantes da região, o que dá a média de um leito por mil habitantes. Os hospitais privados contam com 3,4 mil leitos, o que eleva a média para cerca de 2,5 leitos por mil habitantes. Os leitos privados, porém, são destinados a usuários de planos de saúde na medida em que os hospitais da região deixaram progressivamente de atender o SUS.

Devido à falta de leitos do SUS, os hospitais estaduais Mário Covas, em Santo André, e Serraria, em Diadema, têm o atendimento sobrecarregado. "Para se ter uma idéia de como está o atendimento na região, quem precisa de exame de ecocardiograma ou de reumatologia leva mais de um ano para marcar consulta. Pacientes que necessitam de internação em UTIs não encontram leitos disponíveis", lamenta Donisete Braga.



dpbraga@al.sp.gov.br

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