Ainda a pena de morte

OPINIÃO - Afanasio Jazadji*
09/06/2004 16:56

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Já está provado, por meio de pesquisas, que a maioria da população brasileira apóia a adoção da pena de morte como forma de punir autores de crimes hediondos, entre os quais, o seqüestro seguido de assassinato. Para quem ainda resiste à idéia de que a melhor maneira de evitar a multiplicação de criminosos é banir por completo os assassinos irrecuperáveis, aqui vai uma informação: os Estados Unidos, que constituem o mais poderoso país do mundo, concluíram que a pena de morte funciona e ajuda a combater o crime.

O economista Paul H. Rubin, catedrático da conceituada Universidade de Emery, na região de Atlanta, no Estado da Geórgia, acaba de divulgar estudos pelos quais conclui que a pena de morte pode mesmo reduzir a incidência de homicídios. Rubin, que foi assessor especial do governo Ronald Reagan, nos anos 80, comparou os índices de homicídios entre centenas de municípios americanos e chegou a um resultado inquestionável: o número de assassinatos caiu bastante nos últimos anos, nos lugares em que existe pena de morte.

Além disso, Rubin aponta um dado fundamental: a condenação de um assassino é poderosa, a ponto de convencer outras pessoas a não partir para a prática de homicídio. A conclusão da pesquisa é de que a pena de morte aplicada a um único homicida é capaz de evitar até oito assassinatos. Assim, a partir da execução de um criminoso, é evitada a morte de oito pessoas inocentes.

Não é o caso de se refletir melhor no Brasil sobre a adoção da pena de morte?

Afanasio Jazadji é radialista, advogado e deputado estadual pelo PFL

alesp