DA ASSESSORIA

A partir de agora, os paióis de salva-vidas das balsas e barcas que operam nas travessias litorâneas gerenciadas pela Dersa não deverão mais ficar trancados, facilitando o acesso aos equipamentos em casos de emergência. A nova determinação foi constada pela deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) no dia 30/1, quando utilizou o sistema de balsas Santos-Guarujá para participar do seminário A Pesca Brasileira em Busca de Novos Horizontes. Há anos, a parlamentar vinha alertando para os riscos desses locais ficarem fechados com cadeados, porcas e parafusos, mas só agora a Dersa resolveu substituir estas trancas por lacres plásticos.

"Felizmente, nem mesmo após a colisão das balsas no último dia 19, foi preciso utilizar os salva-vidas. Porém, o acesso a estes equipamentos deve ser facilitado, o que implica em que eles não permaneçam em locais trancados. Certamente, numa emergência não haverá tempo para localizar a chave que abre o cadeado ou retira a porca. Levou tempo, mas conseguimos uma importante vitória, garantindo mais segurança aos usuários dos sistemas de travessias litorâneas", afirma a deputada Prandi.

Conforme apurou a parlamentar, esta mudança deverá demorar um pouco mais nas balsas e barcas onde os paióis ficam trancados com porcas rosqueadas em parafusos. Nestes casos, deverá ser feita uma pequena adaptação para permitir a colocação do lacre. "Sem causar transtornos aos usuários, estas adaptações precisam ser feitas o mais rápido possível, garantindo que num curto espaço de tempo todas as embarcações estejam compatíveis a esta nova norma", pondera Maria Lúcia .

Regras para todos

Todas as embarcações que operam no transporte de passageiros entre Santos e Guarujá, inclusive as populares 'azuizinhas', devem seguir as novas normas de segurança de navegação determinadas pela Capitania dos Portos, quando navios estiverem entrando ou saindo do Porto de Santos. A reivindicação foi encaminhada pela deputada Prandi ao capitão de Mar e Guerra Paulo José Rodrigues de Carvalho, comandante da Capitania. A regra está sendo aplicada às balsas, depois de um encontro, no dia 24/1, entre representantes da Capitania e da Dersa.

"Tenho recebido telefonemas de usuários dessas embarcações que transportam pedestres, alertando para uma aproximação excessiva das barquinhas aos navios que trafegam pelo Estuário. A ânsia pela produtividade não pode colocar em risco a vida das milhares de pessoas que usam o serviço diariamente. Não houve nenhum acidente com elas, mas não podemos esperar que aconteça para depois tomar providências", conclui Prandi.