Olga Beltrão se serve da cor e das formas para compilar as visões da mente

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
19/03/2007 16:01

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O ser humano procura construir durante a vida o que é mais necessário a sua existência, no sentido mais amplo da palavra. Em virtude disso, por uma necessidade mais íntima, o artista busca imagens, formas, composições que absorvem as mesmas exigências inatas e que constituem um desejo de criação.

Contribuindo na busca da representação funcional de nossa evolução, produzindo e descobrindo em torno de si formas e expressões que possam representar o próprio momento humano, Olga Beltrão se serve da cor e das formas tradicionais para compilar visões que têm a relação telescópica da mente.

Com um tanto de fantasia e por razões de estética, a artista absorve, na maioria das vezes, mundos desconhecidos. O que valoriza sua obra, além do estímulo ao sentir e ao saber, é sobretudo a estrutura de uma composição que nos transmite serenidade.

Num mundo rico de cores e de ação, de fantasia além do convencional, o grau de sensibilidade que encontramos em A Natureza Imita a Arte, obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, é equivalente à complexidade do momento histórico. Ela permite, a uma feliz intérprete como Olga Beltrão, exprimir, através da criação, a própria vida, resultante de visões paralelas e profundas.

A artista

Olga Beltrão, pseudônimo artístico de Olga Carvalho Beltrão Cavalcanti, nasceu no Rio de Janeiro e está radicada em São Paulo há 12 anos, onde montou seu ateliê, no Morumbi. Paralelamente, dá aulas para alunos especiais na Estação Especial da Lapa do Fundo Social de Solidariedade.

Inicialmente estilista, a partir de 1989 dedicou-se à vida artística freqüentando cursos de desenho e pastel com a professora Ana Cortazzio, óleo sobre tela com Miguel Lopes Palas, Fang e Rodrigues Coelho.

Participou de mais de 70 exposições coletivas nacionais e internacionais e 20 mostras individuais realizadas no período de 1990 a 2000, destacando-se entre elas as realizadas em Nova York, Paris, Berlim, Washington, Buenos Aires, Tóquio e Cintra (Portugal).

Foi selecionada para os anuários Artes Plásticas Brasil (1994 à 2001), Anuario Latinoamericano de las Artes Plásticas, Buenos Ayres, Argentina (1996), Brazilian Fine Arts Guide, New York (1996), Annuaire Internationale Les Sermadiras, Paris, França (1997 e 1998), Who"s Who in International Art, Suíça (2004 e 2005), e Anuário Luso-Brasileiro, Portugal (2003 e 2004).

Suas obras encontram-se em coleções particulares no Brasil, Alemanha, Cuba, Estados Unidos, França, Japão e Suíça e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp