Opinião " Hospital Regional "Carlos Eduardo Martinelli"


14/05/2012 12:56 | Welson Gasparini*

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Considero um dever do poder público reverenciar a memória daqueles que, de alguma forma, contribuíram para melhorar a vida da comunidade na qual estiveram inseridos. É o caso de Carlos Eduardo Martinelli, falecido em 25 de novembro do ano passado, cuja vida foi praticamente dedicada à saúde pública. Como administrador hospitalar, fez do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, durante os 12 anos em que exerceu a superintendência, um centro de excelência para o atendimento das mais variadas enfermidades. Dinâmico e incansável, nele realizou grandes reformas e ampliações. A meu convite ocupou, com igual zelo e competência, os cargos de coordenador geral e secretário municipal da Saúde de 1990 a 1992.

Teve, assim, em vida, um inegável comprometimento com a saúde pública; como professor doutor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da USP/RP realizou inúmeros partos e cirurgias, em muito contribuindo na formação de médicos especialistas nessas áreas; implantou, ainda, o curso de medicina da Unaerp e, junto com o professor Dutra de Oliveira, foi o responsável pela construção do Hospital Electro Bonini, nele estabelecendo convênios e parcerias com órgãos estaduais e municipais.

Tudo isto " e mais o conhecimento pessoal que tive com ele e com seus familiares, aprendendo também a admirá-lo como um chefe de família exemplar e sempre dedicado ao próximo " levou-me a apresentar, na Assembleia Legislativa de São Paulo, projeto de lei dando o seu nome ao Hospital Estadual de Ribeirão Preto, localizado na avenida Independência, nas imediações do Conjunto Habitacional Professor João Rossi. Nenhum nome, acredito, é melhor para denominar esse hospital do que alguém que, como médico e administrador, tão bem encarna a figura do profissional da saúde pública.

Casado com dona Maria Francisca Pileggi Martinelli (a líder espírita, cantora lírica e funcionária aposentada da Câmara Municipal tão conhecida como Quiquita), ele deixou dois filhos: o médico Carlos Eduardo Martinelli Jr. (docente da Faculdade de Medicina da USP/RP, seguindo assim os passos do pai) e Tânia, que, por sua vez, lhes deram quatro netos.

Tenho certeza de que essa denominação será aprovada pelos meus colegas deputados e sancionada pelo governador Geraldo Alckmin porque realmente faz justiça à memória de quem muito teve a ver com a origem daquele próprio hospital.



*Welson Gasparini é deputado estadual (PSDB), advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto

alesp