Opinião : O trabalhador nas mãos do cipeiro


28/05/2012 17:56 | Marcos Martins

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*Maio é o mês do trabalhador. E desde 2010, quando foi aprovada a Lei 14.012, de minha autoria, além do mês do trabalhador é o mês do cipeiro no Estado de São Paulo. E esse trabalhador, escolhido por seus companheiros, tem uma missão das mais valorosas: prevenir acidentes nos locais de trabalho.

O Brasil está entre as nações com um dos maiores índices de mortes por acidentes no trabalho, ficando atrás apenas da Índia, da Coreia do Sul e de El Salvador, por exemplo. Em 2004, cerca de 2.800 trabalhadores perderam a vida no país. Segundo levantamento realizado pelo Diesat - Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho -, divulgado pela Previdência Social, somente em 2009, no Brasil, o total de acidentes do trabalho registrados segue a margem dos anos anteriores, com 723.452 ocorrências. Apesar de se manterem estáveis, esses dados ainda são elevados. Não tenho dúvidas de que, sem o cipeiro, seriam ainda mais altos.

Desde que foi criada, em 1978, a Comissão Interna de Acidentes de Trabalho (CIPA) - tem ajudado a reduzir o número de acidentes dentro das empresas e das organizações brasileiras. Por isso nasceu a lei. A intenção era proporcionar uma data em que os trabalhadores pudessem reunir-se e trocar experiências, de modo a melhorar técnicas e políticas, coibindo, assim, os acidentes. Nesse período, no entanto, o Dia do Cipeiro, comemorado na terceira semana de maio, tornou-se também uma data que visa homenagear e lembrar o trabalho desenvolvido por esse anjo da guarda.

Na Assembleia Legislativa foram criadas leis que auxiliam o trabalhador, para que tenha uma melhor condição de vida, e que seus direitos sejam preservados. Nos locais de trabalho o cipeiro trabalha para que elas sejam postas em prática. É uma corrente do bem.

*Marcos Martins é deputado estadual e administrador de empresas.

"Missão das mais valorosas: prevenir acidentes nos locais de trabalho"

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