*Em 10 de dezembro do ano passado, em artigo sob o título Que Voltem os Trens, expressei, como vice-coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista (coordenada pelo deputado Mauro Bragato, PSDB), minha alegria por ver o governador Geraldo Alckmin transformar em uma das bandeiras do seu governo a volta desse meio de transporte tão estupidamente desativado em nosso Estado e em nosso país. Mais ainda pela informação, então prestada pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, da intenção do governo paulista, após atender as regiões de Jundiaí, Sorocaba e Santos " próximas da capital " de estender linhas ferroviárias para as regiões mais distantes do interior, já existindo o projeto de transportar passageiros, a uma velocidade média de 120 km, a Ribeirão Preto e a Piracicaba, com linhas saindo de Campinas. Segundo esse projeto, o trem de alta velocidade sairia de Viracopos, em Campinas, e viria direto para o centro de São Paulo; dali seguiria para Guarulhos, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José dos Campos e Rio de Janeiro. O preço da passagem, eis outro detalhe significativo, competiria com os preços cobrados para viagens de ônibus e o trem rápido seria integrado à rede da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e ao Metrô, envolvendo composições compactas e modernas, com velocidade de até 180 km por hora. Haveria, ainda, a construção de novas linhas (já que as antigas linhas férreas não comportam trens tão rápidos e modernos), daí advindo um grande progresso para o setor ferroviário. É dentre desse contexto positivo que a Assembleia Legislativa, cumprindo o seu papel de bem representar a comunidade paulista, decidiu criar a Frente Parlamentar em Defesa da Malha Ferroviária Paulista, formalmente lançada no último dia 23 de novembro de 2011, e que desde então vem cumprindo seu papel de contribuir para a retomada do transporte ferroviário de cargas e de passageiros em nosso Estado, numa ação que deve envolver o governo do Estado e a sociedade civil na busca de soluções para os problemas enfrentados pelos municípios em decorrência do abandono em que se encontram diversas linhas ferroviárias. A volta dos trens é um imperativo do próprio bom senso porquanto representam uma alternativa de transporte rápida e barata, além de contribuir para reduzir os congestionamentos que tanto atravancam o trânsito das rodovias e das médias e grandes cidades brasileiras. Representa, ainda, uma alternativa ecologicamente correta, uma vez que o uso do transporte ferroviário diminuirá de modo significativo a poluição ambiental contra a qual se insurgem todos os adeptos de uma vida saudável. *Welson Gasparini é deputado estadual pelo PSDB.