Participei, na tarde do último dia 5 de julho, atendendo convite do presidente reeleito do Sindicato Rural de Ribeirão Preto, Joaquim Augusto S. S. Azevedo Souza, da solenidade de posse da diretoria daquela entidade sindical para o triênio 2012/2014.

Usando da palavra, aproveitei para renovar minha disponibilidade, como deputado estadual, de atuar em favor da classe produtora rural junto ao governo do Estado e para compartilhar da opinião, expressa pelo Joaquim Augusto, sobre a importância da fixação de uma imagem positiva do produtor rural junto à opinião pública, infelizmente distorcida, quando, nos dias de hoje, o que realmente tem garantido a estabilidade da economia é a força do agronegócio.

Não concordo com quem pretende jogar os ambientalistas contra os produtores rurais ou vice-versa, quando uns não vivem sem os outros; uma terra preservada para o meio ambiente e para a produção agrícola é, acredito, objetivo comum.

A agricultura brasileira torna-se, a cada dia, mais pujante com a incorporação de recursos tecnológicos dos mais avançados. No entanto, é uma atividade dependente de leis e normas, além das próprias condições climáticas, fora de seu controle.

É preciso, concomitantemente, combater a degradação ambiental e a insegurança no campo representada pelas sempre presentes ameaças de invasões de propriedades produtivas.

Uma das grandes preocupações da classe deve ser, exatamente, com a sua imagem, que, infelizmente, não faz justiça ao seu próprio desempenho na economia do país; tem-se a impressão de que o produtor rural é uma pessoa atrasada, explorador do trabalho braçal e que degrada o meio ambiente. É importante, portanto, as entidades rurais e as cooperativas se dedicarem a divulgar tudo o que está sendo feito pelo agronegócio em favor da população brasileira.

Pequenas conquistas em favor do agronegócio são vistas como protecionismo, quando medidas para proteger o comércio e a indústria são adotadas com incrível facilidade. Ninguém fala nada quando o governo favorece a compra de automóveis ou de geladeiras; qualquer beneficio para a área rural, no entanto, é imediatamente contestado.

Acho fundamental, portanto, um esforço de marketing para enfrentar essas forças que pretendem apresentar o produtor rural como símbolo do atraso quando, na verdade, ele é símbolo de progresso e de desenvolvimento econômico e social. O produtor rural, infelizmente, tem uma história de vida isolada " é "atrás da porteira". Hoje, não dá mais para viver da "porteira para dentro"; ele tem de participar, da "porteira para fora", através das suas entidades de classe e de seus representantes políticos, na divulgação e na defesa dos seus interesses.



*Welson Gasparini é deputado estadual, advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto.