Opinião: Olimpíada de Londres


07/08/2012 11:43 | Gilmaci Santos*

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Ao menos até agora o Brasil não vem sendo um grande destaque nas Olimpíadas, já que tem se mantido em posições próximas ao vigésimo lugar. Em contrapartida, a cobertura do evento tem sido uma feliz surpresa para todos nós. A Rede Record está cobrindo a Olimpíada de Londres 2012 com exclusividade na TV aberta brasileira, além de ter um conteúdo exclusivo também pela internet, por meio do portal R7.

A emissora detém também os direitos da transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 e da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. Assim como nos jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, nesta Olimpíada a Record envolveu um grupo de peso na produção e transmissão de materiais sobre o evento.

Neste ano, a emissora enviou mais de 350 profissionais a Londres, trabalhando para transmitir a cobertura de todas as modalidades. O espaço da Record, no centro de imprensa, conta com mais de 750 metros quadrados; dois estúdios, um deles com um telão olímpico com uma agenda contendo tudo que a Record vai transmitir com todos os horários para a análise de profissionais. Ao todo são 16 repórteres; cinco câmeras permanentes dentro do Centro de Treinamento do Brasil; 35 toneladas de equipamentos; quatro caminhões de transmissão, sendo dois apenas para o futebol; mais de duas mil mídias (CDs) para a gravação de material bruto; equipamentos com capacidade de receber mais de cem sinais; câmeras instaladas por toda a cidade para que os brasileiros conheçam Londres. A emissora transmite por satélite, ao vivo, oito horas por dia na Record, fora os telejornais e a transmissão pela Record News, com mais 20 horas de cobertura.

Em Londres, a Rede Record está ao lado de outras emissoras de destaque mundo afora, como a BBC de Londres, a NBC e a NHK, do Japão. Os jogos, que foram abertos em 29 de agosto e serão encerrados em 9 de setembro, são um dos mais caros da história, com investimentos de R$ 30 bilhões, além disso, são 10 bilhões de ingressos e 5 bilhões de telespectadores por todo o mundo assistindo ao evento pela TV.

Parabenizo à Record e a todos os profissionais brasileiros envolvidos na cobertura dos jogos pela excelente transmissão e por alimentarem tão bem os telejornais, portais da internet e jornais de todo o país. A excelência mostrada nesses jogos ainda não terminou, em 9 de setembro nossas casas serão invadidas por imagens maravilhosas da festa de encerramento da Olimpíada. Parabenizo também aos esportistas, pois mesmo que alguns não tragam nenhuma medalha ao Brasil, deram o seu máximo nestes jogos e são um estímulo ao esporte em nossa nação, setor esse que precisa e merece mais investimentos.

Estes jogos também são um ótimo exemplo para o Brasil, país que sediará a Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016. Temos nas mãos um dos eventos mais esperados e com certeza faremos um grandioso evento por aqui. Em Londres, a construção do Parque Olímpico ajudou a revitalizar a Zona Leste, uma das mais pobres da cidade, e por aqui não será diferente, a construção de espaços esportivos estão mudando a cara do Brasil.

Mas nem tudo são flores, mesmo Londres sendo uma cidade de excelente infraestrutura e organização, dias antes dos jogos, o trem urbano e as principais linhas de metrô que levam ao Parque Olímpico foram afetados por grandes atrasos e vários problemas de funcionamento. Além disso, as estradas de acesso à cidade apresentaram grandes engarrafamentos. Antes dos jogos, o prefeito da capital britânica, Boris Johnson, incentivou os motoristas a evitarem o centro urbano durante o evento. Foram erros e acertos que servem de exemplo para o nosso país.

No Brasil, autoridades, especialistas e organizadores têm planejado todo um sistema de transporte para que tudo corra bem. Tenho certeza de que o país mostrará que está à altura das grandes potências e que os próximos eventos trarão ganhos econômicos e turísticos ao nosso país.



*Gilmaci Santos é deputado estadual pelo PRB e líder da bancada na Assembleia.

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