Acompanhei, recentemente, a atual diretoria da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto (representada pelo presidente Décio Agostinho Gonzales, pelo diretor financeiro Júlio César Risso e pela gestora Mariângela Quartim) numa audiência, por mim solicitada, com o secretário estadual da Cultura, Marcelo Araújo, para reivindicar o apoio do Estado a apresentações nos municípios paulistas. Fomos muito bem recebidos e eu tenho fé que essa parceria, em beneficio da própria cultura musical, haverá de acontecer. Tenho muito orgulho dessa Orquestra ora se preparando para comemorar, no próximo mês de maio, o seu Jubileu de Diamante, com uma bonita história de devoção e amor à música para ser contada. Fundada em 22 de maio de 1938, pelo alemão Marx Bartsch, desde então vem desenvolvendo importantes projetos de difusão da música erudita, reafirmando sempre um papel de destaque nos cenários artísticos municipal, estadual e nacional. Além de ser um bem cultural de Ribeirão Preto, a OSRP fez e ainda faz história com um dado relevante: é a segunda orquestra mais antiga do Brasil em atividade ininterrupta. Seu retrospecto, por sinal, é dos mais expressivos, somando mais de 1.200 concertos oficiais realizados e, mensalmente, faz apresentações pelas séries Concertos Internacionais (com solistas brasileiros e estrangeiros renomados mundialmente) e Juventude Tem Concerto (realizando gratuitamente concertos interativos, dirigidos a crianças e jovens, quando os maestros e músicos conversam com o público). Como orquestra de ópera teve participação em montagens como Madame Butterfly (Puccini), La Traviatta e Rigoletto (Verdi), Cavalleria Rusticana (Mascagni) e La Bohème (Puccini). E tem, ainda, se apresentado em importantes eventos culturais, como o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão; a série In Concert do clube A Hebraica de São Paulo; o Ano Chopin no Brasil, a Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, e ocasiões como aniversários de municípios, inaugurações de teatros, dentre outras. Mantém, por outro lado, a Escola de Canto Coral, com 120 alunos e três coros " Coro de Câmara, Coro Lírico e Coro Juvenil " que se apresentam em concertos da OSRP, no Theatro Pedro 2º de Ribeirão Preto, e em catedrais, clubes, praças etc. No seu arquivo histórico, guarda documentos desde o início do século passado, contando a história da música e da vida cultural de Ribeirão Preto. É administrada por entidade privada, sem fins lucrativos, responsável pela gestão e manutenção da OSRP " a Associação Musical de Ribeirão Preto " contando com parcerias desenvolvidas junto às iniciativas pública e privada por meio de projetos amparados pela Lei Rouanet e contribuição de patronos e sócios. Por ela (atualmente regida pelo maestro italiano Gian Luigi Zampieri) já passaram grandes regentes como, entre outros, os maestros Roberto Minczuk, João Carlos Martins, Eleazar de Carvalho, Cláudio Cruz, Isaac Karabtchevsky, Filipe Lee, Spartaco Rossi, Ricardo Kanji e Gunter Neuhold e outros. Já participaram de seus concertos, como destaques, entre outros, solistas como Nelson Freire, Dang Thai Son, Jacques Klein, Yara Bernette, Nicolas Koeckert, Matias de Oliveira Pinto, Fernando Portari, Rosana Lamosa, Daniella Carvalho, Ruggiero Ricci, Nathan Schwartzman, Antônio Meneses, Duo Assad, Ricardo Castro, Trio Brasileiro, Naná Vasconcelos, Dori Caymmi, Yamandu Costa, Leo Galdeman, Ivan Lins, Toquinho, Wanderléa, Miúcha, Agnaldo Rayol, Rick Vallen e Zélia Duncan. Enfim, cacife não falta para a OSRP levar sua arte para toda parte.... *Welson Gasparini é deputado estadual pelo PSDB, advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto.