Deputados e entidades pedem reajuste da tabela SUS


25/02/2013 20:09 | Da Assessoria do Deputado Carlão Pignatari

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O deputado Carlão Pignatari (PSDB) afirmou, durante encontro realizado na Asembleia Legislativa nesta segunda-feira, 25/2, que o governo federal trata a saúde

pública com descaso. Carlão é um dos articuladores do movimento "Tabela SUS! Reajuste Já".

Entre o grande número de participantes estavam representantes das santas casas e hospitais filantrópicos, além diversas autoridades, como o senador

Aloysio Nunes, os deputados federais João Dado, Walter Ihoshi, Dr. Ubiali, Eleuses Paiva e Vaz de Lima, os deputados estaduais Ulysses Tassinari, Mauro

Bragato e Itamar Borges, o presidente das Confederações das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil (CMB), José Reinaldo Nogueira de Oliveira Júnior, o presidente da Fehosp Edson Rogatti e o deputado e presidente da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas, Antonio Brito.Pignatari lembrou que a organização do movimento entregou documento ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em abril, julho e novembro "e nenhuma resposta tivemos. Isso é uma falta de respeito com os provedores dos nossos hospitais e com cada um que construiu sua santa casa - a maioria com dinheiro do próprio município -, através de eventos, leilões, bingos e rifas. E que hoje nós estamos vendo este patrimônio se deteriorar pela falta de pagamento justa que o SUS tem que fazer para os nossos hospitais".

O rombo, de acordo com o deputado, ocorre pela defasagem na tabela do SUS, que remunera, em média, apenas R$ 65 de cada R$ 100 gastos na assistência pública. "São R$ 5,1 bilhões por ano que faltam nos nossos hospitais. Imagina uma cidade sem um único hospital atendendo a saúde dos municípios, e é isso que vai acontecer num futuro não muito distante", previu.

O deputado ainda destacou que muitos provedores contraíram empréstimos com juros de 15% ao ano. "Além de tudo o governo federal está agiotando em cima das nossas santas casas. Não é possível um hospital pegar dinheiro para pagar 1% de juros, não pode pagar nada, esta dívida não é nossa, essa dívida é do governo federal que não reajusta a tabela SUS há mais de 10 anos", criticou.

"Precisamos de compromisso e comprometimento das pessoas de realmente tomar uma medida. Acredito que o governo federal não tem compromisso com a saúde pública. Temos que cobrar da Presidência da República e do ministro a solução definitica para os déficits dos hospitais."

Após debate entre os presentes, ficou decidido que no dia 8 de abril não haverá atendimento eletivo (consultas previamente agendadas) em todos o país, sendo também que a data será a oportunidade para uma ampla discussão com a sociedade sobre a realidade no relacionamento com o SUS e a necessidade de investimento de 10% das receitas líquidas por parte da União.

Ainda foi acertado que integrantes do movimento irão a Brasília nesta terça-feira, 26, propor aos parlamentares que interrompam as votações até que o governo os receba e se manifeste sobre as reivindicações do setor.



carlaopignatari@al.sp.gov.br

alesp