Segundo dados da bancada petista da Assembleia Legislativa, o governo do Estado cumpriu até agora apenas 3,4% da meta do Programa Estadual de Prevenção ao Uso do Álcool e das Drogas prevista no Plano Plurianual (PPA) 2012/2015, que prevê 204 projetos, e dos quais apenas sete foram implantados.

Para os deputados do PT, a fracassada operação patrocinada por Alckmin e Kassab, que teve início em 3/1/2012 conseguiu apenas espalhar o problema para outras regiões da cidade e colecionar críticas da sociedade e do Ministério Público. "Um ano depois, veio o anúncio do programa de internações compulsórias, iniciativa também criticada, por não vir precedida de outras medidas e por levar ao risco de ações truculentas, provocou aumento na procura pelo Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras drogas (Cratod), no bairro Bom Retiro", informou o líder Luiz Claudio Marcolino. "Desde o início da chamada internação compulsória, o número de viciados em busca de tratamento no Cratod chegou a aumentar de 4 para 85 por dia. Nesse período, foram mandados para internação cerca de 500 pessoas".

Para Marcolino a proposta das bolsas no valor de R$ 1.350 mensais para custeio do tratamento de dependentes químicos em comunidades terapêuticas privadas, o chamado Cartão Recomeço, é simplista e um paliativo, e não pode substituir o atendimento no serviço público. "A medida pode despertar a mercantilização do tratamento de dependentes químicos", alerta.

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