Deixar suas casas, seus trabalhos e suas famílias. Essa é a atitude de milhões de jovens do mundo todo, e centenas de jovens do Grande ABC, que foram à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro. O evento religioso está na sua XXVIII edição e é a primeira vez que será realizado no Brasil. Mas o encontro não representa apenas mais uma viagem ou um lazer, para os religiosos e fiéis da Igreja Católica, a iniciativa que está mobilizando o mundo durante esta semana e trouxe o Papa Francisco ao país promove, entre outras coisas, a defesa da vida. São eles, os jovens, os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. A JMJ tem entre seus objetivos dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo, mas é verdade também que, através deles, o "rosto" jovem de Cristo se mostra ao mundo. O legado evangelizador da jornada diz respeito aos desafios da Nova Evangelização. A JMJ tem como prioridade reforçar a experiência de cada jovem com o Amor de Cristo e firmá-lo na fé. Por meio da vivência da fé comum que une pessoas de culturas, idiomas e hábitos diferentes, a JMJ busca levar a juventude a um sentimento de pertencer à igreja de Cristo e motiva a todos a viver e transmitir esta mesma fé. E todos são chamados a participar. Assim surgiu o Fundo de Solidariedade, que teve como objetivo facilitar a participação na JMJ dos jovens que não têm condições de pagar os custos da viagem ao Rio de Janeiro. Além do fato de estar em outro país, com seus encantos turísticos, a participação na Jornada requer um corpo preparado para a peregrinação e um coração aberto para as maravilhas que Deus tem reservado para cada um. São catequeses, testemunhos, partilhas, exemplos de amor ao próximo e à Igreja, festivais de música e atividades culturais. Enfim, um encontro de corações que creem, movidos pela mesma esperança de que a fraternidade na diversidade é possível. O evento terá frutos muito positivos e a visita do Papa Francisco deixa uma grande lição de humildade e simplicidade. Agindo o mais próximo possível do que faria um cidadão comum em posição de destaque na sociedade, ele mostrou que é possível ser o 266º papa da Igreja Católica, ter todos os poderes que o cargo lhe empresta e, ainda assim, prezar os valores da humildade e da simplicidade, elevando-se. Logo em sua chegada, foi claro ao dizer que homens públicos devem servir ao povo, o que muitos não têm feito aqui no nosso país. Ele mostrou que é um líder de valores e grandes exemplos. *Orlando Morando é deputado estadual pelo PSDB