Opinião - Chegou a conta da demagogia


14/02/2014 19:56 | Pedro Tobias*

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Depois da decisão populista, demagógica e irresponsável de baixar à força a conta de energia elétrica em 20% no ano passado, agora o governo Dilma Rousseff ameaça jogar no colo de todos os brasileiros a bomba com aumento de imposto para cobrir os prejuízos causados ao setor elétrico. O rombo chega a R$ 5,6 bilhões.

A presidente foi alertada na época pelo PSDB, entre outros partidos, que a redução forçada da conta de luz não passava de uma decisão puramente demagógica, com fins eleitoreiros, que inviabilizaria novos investimentos e, consequentemente, iria impedir o avanço do setor no sentido de tornar o Brasil menos vulnerável a eventuais apagões.

No entanto, Dilma Rousseff bateu no peito, e numa postura arrogante, preferiu classificar os críticos como "pessimistas" e a "turma do contra". O resultado da demagogia irresponsável aí está. Todos os grandes jornais do País trouxeram na capa esta semana que a conta de luz pode pesar mais um pouco no bolso de cada cidadão brasileiro para que o governo petista possa financiar sua incompetência e seu projeto de poder e não de País.

Se estivesse pensando em um projeto para o País, a presidente não tiraria recursos de um setor que precisa de investimentos. Precipitou-se ao acreditar que todo o sistema de produção de energia havia superado o risco de novos apagões. Ao invés da cautela, preferiu agir como candidata e atacou as "pessoas que, por precipitação, desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento". "Como era de se esperar, essas previsões fracassaram", disse Dilma em seu pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, para anunciar a redução na tarifa de energia elétrica, em janeiro do ano passado. Infelizmente, chega-se à conclusão, um ano depois, que quem fracassou foi a presidente.

Senão, relembremos mais um trecho de seu pronunciamento um ano atrás. "O Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata. Isso significa que o Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente e futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo". Na terça-feira passada, dia 4 de fevereiro, um apagão atingiu 11 Estados e deixou 6 milhões de pessoas sem energia. Com a palavra, a presidente.

*Pedro Tobias é deputado estadual pelo PSDB

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