Nesta semana, relembramos o golpe de estado que o Brasil sofreu em 1964, impondo uma ditadura militar por mais de 20 anos. Nessa época, vivemos um país com torturas, julgamentos de exceção, execuções sumárias e um endividamento a qualquer custo, para mostrar um "milagre econômico", com crescimento não sustentável, que resultou num verdadeiro caos anos depois. A imprensa, calada à força, não tinha liberdade para mostrar tais fatos à população, que se alimentava de informações totalmente controladas pelo poder político. Nesta época, as coisas iam mal, mas o noticiário tinha de mostrar que iam bem. Até hoje, muitos nem fazem ideia do que o Brasil passou; somente agora, com a Comissão da Verdade, parte dos fatos vem à tona, deixando muita gente perplexa. Com a redemocratização do País, a imprensa ganhou sua liberdade de expressão e, a partir de 1988, buscamos viver um Estado de Direito, onde os cidadãos têm direitos e deveres, sendo todos iguais perante a lei, com o povo reconquistando seu poder e elegendo seus representantes através do voto direto. No entanto, esta liberdade democrática hoje vem sendo utilizada por grande parte dos ditos "formadores ode opinião", para fazer crer uma situação que não é real. Ao contrário dos anos da ditadura, sintomas econômicos extremamente positivos no Brasil são levados a público como desastres de gestão. Claro que os ditos "economistas" podem ter liberdade de expressar o que acreditam (ou o que querem que o povo acredite), mas, uma vez contrariados com suas previsões catastróficas, o mínimo que se esperaria seria uma frase tipo "errei" ou "me enganei", ou algo semelhante. Ao contrário, quando o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu mais do que os analistas diziam, não foram eles que erraram, mas foi o "PIB que surpreendeu". Bela teoria! A verdade dos fatos é que o PIB brasileiro cresceu 2,3%, num total de R$ 4,84 trilhões, figurando como o terceiro maior do mundo e superando países do chamado primeiro mundo! As informações sobre o PIB " soma das riquezas produzidas, ou seja, um dado que revela as condições econômicas de um município, estado ou país " foram fornecidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no final de fevereiro. O PIB per capita ficou em R$ 24.065, apresentando uma alta, em volume, de 1,4%, em relação a 2012. Esses dados demonstram que o Brasil não só vem mantendo a estabilidade econômica, como tem conseguido superar grandes crises, crescendo acima até de grandes potências. Os Estados Unidos cresceram apenas 1,9%. Perdem também para o Brasil o Japão (1,6%), México (1,1%), Alemanha (0,4%), França (0,3%) e Bélgica (0,2%). Países como a Espanha e a Itália tiveram quedas no PIB em 2013, de 1,2% e 1,9%, respectivamente. A zona do euro caiu 0,4%. Chegou a hora de quem tenta esconder as boas notícias da economia do País admitir que errou ou que não foi fiel aos dados estatísticos. Vencemos a ditadura militar e agora temos que vencer a ditadura da comunicação parcial, pois não é justo negar os fatos e querer prosperar uma onda de pessimismo (sempre lembrando que os maiores defensores de catástrofe estão muito bem financeiramente, obrigado!). Tentar negar que o País está melhorando e que a economia cresce é apostar no caos, sob o lema do "quanto pior melhor", para comparar negativamente o Brasil a outras nações. Cheira mais a interesses políticos partidários do que a defesa do bem do povo. Não há PIB surpreendente, pois o Brasil cresce, tendo pleno emprego; há, sim, hipocrisia e interesses mesquinhos surpreendentes! *Marco Aurélio é deputado estadual pelo PT.