Opinião - Cinema ao alcance de todos...


22/04/2014 11:46 | Welson Gasparini*

Compartilhar:


No último dia 16, em solenidade realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, o governo do Estado distribuiu mais 150 kits de projeção a municípios paulistas que não têm salas oficiais de cinema e 18 para assentamentos rurais, quilombos e entidades. O Programa de Incentivo à Criação de Salas de Exibição de Filmes existe desde 2010 e já beneficiou 140 municípios no interior e no litoral. Entre os municípios beneficiados nessa oportunidade, atendendo indicações que encaminhei, encontram-se Aramina, Barrinha, Batatais, Jardinópolis, Luís Antônio e São Joaquim da Barra.

O kit cinema consiste na doação, pelo governo do Estado, de equipamentos de projeção e sonorização para cidades que não possuem salas de cinema, podendo ser utilizados em auditórios, bibliotecas e outros espaços já existentes para a exibição gratuita de filmes.

Ao fazer as indicações deferidas pelo governador, minha preocupação foi ensejar a oportunidade de lazer e entretenimento proporcionados pelo cinema que começa a ficar ausente " pelo avanço da televisão e também da violência urbana " das pequenas comunidades interioranas. É uma maneira prática, conforme sublinhou o governador Geraldo Alckmin, de descentralizar a cultura, levando-a ao encontro das pessoas dos municípios e da área rural.

Os municípios que aderiram ao programa contarão com assistência para compor a programação de filmes e atividades associadas, como oficinas e palestras. Em geral, o programa Pontos MIS oferece um longa e um curta-metragem, mesclando cinema nacional e estrangeiro, animações, ficções e documentários.

Com essa nova doação, o governo do Estado totalizou 306 kits distribuídos, com investimento de R$ 3,9 milhões, no programa. A maior parte das cidades atendidas tem menos de 50 mil habitantes. Com os novos 168 kits, foram investidos mais R$ 2 milhões.

A cultura cinematográfica ganha, com esse incentivo governamental, um novo estímulo para continuar viva, também, nas pequenas cidades onde as salas de exibição foram substituídas por igrejas evangélicas, bares ou lojas; o cinema, assim como o teatro e a leitura (ainda mais num tempo onde os livros estão sendo substituídos pelos celulares ou pela internet) precisam de apoio e de incentivos. Não podemos prescindir desses instrumentais indispensáveis à formação integral do ser humano que deve crescer tendo amplo acesso a tais fontes de conhecimentos e de lazer.

Age bem o governador Alckmin quando promove, através de iniciativas como a desse benfazejo programa, a efetiva democratização da cultura, facilitando o acesso de camadas cada vez maiores da população aos filmes, documentários e tudo o mais ensejado pela "Sétima Arte".

alesp