Deu gosto de ver novos caminhões e máquinas agrícolas chegando a várias pequenas cidades por onde passei, nos últimos dias. Os equipamentos são frutos de uma ação do governo federal para o desenvolvimento agrário, que compõe a economia de muitas cidades, além do fomento à indústria, pois os equipamentos adquiridos são produzidos no Brasil. Assim como outras áreas, o setor agrícola tem recebido a devida atenção por parte da presidenta Dilma, que, de forma republicana, enviou os novos equipamentos para todas as cidades com até 50 mil habitantes, sem levar em consideração a coloração partidária de quem está no comando da prefeitura. Somente para o Estado de São Paulo foram entregues, no final de abril, em cerimônia em Limeira, onde estive presente, 50 motoniveladoras e 107 caminhões-caçamba. Os equipamentos beneficiarão cerca de 324 mil pessoas que vivem na zona rural. O investimento foi de R$ 47,3 milhões. Com esta entrega, 521 municípios paulistas selecionados pelo PAC 2 terão recebido 1.163 equipamentos, totalizando investimento de R$ 293 milhões. O objetivo é contribuir com o escoamento da produção agrícola e com a construção e manutenção de estradas vicinais, além de criar condições para uma melhor qualidade de vida para a população tanto do campo quanto da cidade. O investimento em equipamentos agrícolas é uma forma de estimular a indústria também. São quase R$ 5 bilhões investidos na aquisição de mais de 18 mil máquinas, todas produzidas pela indústria nacional. Mais de cinco mil municípios serão beneficiados, representando 91% das prefeituras brasileiras. Para cidades menores, onde muitas vezes o cobertor é curto, investimentos como esses são bem-vindos. Quem administra prefeituras com parcos recursos enfrenta questões como frota incompatível com os desafios da cidade e outras dificuldades. Não à toa em algumas cidades as máquinas foram expostas em praça pública, tal a alegria pelos novos equipamentos. Apesar da falta de vontade política de alguns, os projetos do governo federal estão chegando e os investimentos, aplicados nas cidades. Neste caso, independentemente de qualquer manifestação por parte dos municípios. Encontro - Na semana passada, nosso mandato realizou, em articulação com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Incra, com a presença do Banco do Brasil e apoio do Sindicato Rural e Prefeitura de Jacareí, um encontro que reuniu produtores rurais de 19 municípios do Vale do Paraíba e do Alto Tietê. Foi uma oportunidade para obter mais informações sobre as atividades do Incra, especialmente no que tange à regularização de áreas e títulos fundiários, e sobre as linhas de financiamentos do governo federal por meio do BNDES e do Banco do Brasil. No encontro, a Prefeito de Jacareí assinou com o Incra um protocolo visando à instalação de um escritório do Incra na cidade, o que poderá ocorrer também com qualquer outro município que se manifeste a respeito. Isto facilita e muito o contato direto dos produtores e associações, com o órgão do governo federal, que está pronto para apoio, documentação e financiamento da produção. São medidas como essas que ajudam a fixar o homem no campo, a impulsionar o agronegócio e a proporcionar melhores condições para quem vive da produção agrícola. Vivemos em um país com dimensões continentais e com muitas necessidades. Ter sensibilidade para enxergar essas necessidades e direcionar recursos para que os municípios, grandes ou pequenos, possam superar seus desafios, seja no campo ou na cidade, é que faz o diferencial de um governo que é para todos. *Marco Aurélio é deputado estadual pelo PT.