CPI na Assembleia ouve ex-aluno da Famerp sobre trote violento


14/01/2015 10:32 | Da assessoria do deputado João Paulo Rillo

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A CPI instalada na Assembleia Legislativa com a finalidade de investigar as violações dos direitos humanos e demais ilegalidades ocorridas no âmbito das universidades do Estado durante os chamados trotes, festas e no seu cotidiano acadêmico ouviu nesta terça-feira, 13/1, o depoimento do estudante Luiz Fernando Alves, de Belo Horizonte, ex-calouro da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto), vítima de abusos em uma festa promovida por alunos, no início de 2014.

Com as denúncias de Alves, o Ministério Público interveio e uma comissão de professores foi formada para apurar responsabilidades. A CPI foi criada a partir de relatos de violações de direitos de universitárias apresentadas na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia.

Presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT), a comissão tem entre seus integrantes o deputado de Rio Preto, João Paulo Rillo, líder do PT na Assembleia. No final de 2014, o parlamentar articulou acordo entre líderes partidários para instalar a CPI fora da ordem cronológica. Alves foi localizado em Minas Gerais pelo vereador rio-pretense, pai de João Paulo, Marco Rillo.

Diogo, após o relato de Alves na CPI, destacou a firmeza do estudante no depoimento e os graves prejuízos sofridos por ele, que se negou a retornar à Famerp, uma faculdade de medicina renomada e extremamente concorrida, optando por realizar novo vestibular para outra instituição.

O presidente da CPI defende o enquadramento do trote e dos abusos de direitos em festas universitárias como crime de tortura. "Gostaria de buscar, com o Ministério Público e os reitores, termo de ajustamento de conduta para estabelecermos limites. Não há hierarquia entre universitários, ninguém pode ser submetido ou coagido", declarou Diogo.

Para amanhã, quarta-feira, 14/1, estão agendados depoimentos na CPI sobre trotes violentos e abusos nas faculdades Veterinária USP, Medicina PUC Sorocaba e Esalq, e na quinta-feira, os depoimentos serão sobre violações na Faculdade de Medicina da USP e as repercussões internas após as primeiras denúncias. As reuniões são realizadas no auditório Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa de SP.

joaopaulorillo@al.sp.gov.br

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