Opinião: A esperança como aliada


23/02/2015 16:32 | Welson Gasparini*

Compartilhar:


Se há algo que não pode faltar no embornal, na mochila, na maleta do brasileiro é a esperança; tal como a luz ou como a água é um ingrediente indispensável ao bem estar e ao dia a dia de cada um de nós. Partilho, portanto, do pensamento expresso pelo jornalista Luis Otávio Martins (editor-chefe do jornal O Diário de Barretos) para quem a esperança deve ser vista como uma "aliada" do cidadão na sua busca por um amanhã melhor.

É um texto tão preciso e tão conciso que me atrevo a transcrevê-lo:

"Por mais que a mudança nas casas legislativas não seja a sonhada por muitos dos eleitores, é preciso pensar de que um dia a política será diferente.

Por mais que o cidadão inicie o ano cheio de impostos a pagar, é preciso acreditar que o nosso dinheiro será bem empregado.

Por mais que a corrupção continue como a força de uma praga, é preciso crer que aqueles que desviam dinheiro público de fato serão punidos.

Por mais que alguns políticos usem a máquina pública como propriedade privada, é preciso manter a fé de que um dia não irá mais acontecer.

Por mais que a desesperança teime em rodear o dia a dia de muitos, é preciso levantar a cabeça e continuar no bom combate.

Por mais que as pessoas alimentem o ódio por simples diferenças religiosas, é preciso acreditar que, no futuro, todos entenderão o recado divino.

Por mais que você queira desanimar, por qualquer problema que seja, é preciso seguir em frente, pois um novo amanhecer está porvir.

Por mais que a maledicência ganhe espaço no mundo das aparências, é preciso entender o sentimento humano e usar o remédio do perdão.

Por mais que os desafios da vida possam parecer um tanto quanto pesados, é preciso saber que o amanhã será melhor do que hoje.

Por isso, nunca perca a esperança de que dias melhores virão."

Faço meus o idealismo e o otimismo desse articulista: não podemos, nunca, deixar o medo ou a descrença sufocarem a nossa fé num país melhor; num país onde o corredor de um hospital que atende um paciente do SUS seja, sempre, um corredor da vida e não da morte; onde a educação seja levada a sério e não tenhamos de temer a imperícia do médico oferecido pelo nosso plano de saúde ou pelo SUS; nem mesmo a falta de conhecimento jurídico do advogado ao qual entregamos nosso pleito, seja ele qual for; onde o mérito sempre predomine e não seja necessário o estabelecimento de cotas raciais ou econômicas para o suprimento de vagas nas escolas ou nas funções públicas; onde a justiça se faça respeitada pela qualidade e pelo bom senso das suas decisões e o povo tenha não apenas o direito mas, sobretudo, o dever de ser feliz!

* Welson Gasparini é deputado estadual pelo PSDB, advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto.

alesp