Projeto de lei de Maria Lúcia Amary (PSDB), apresentado no dia 15/4, chama a atenção para o mutismo, um transtorno psicológico que impede o paciente de falar em algumas situações por causa de uma anomalia denominada fobia social.

A proposta visa instituir, no calendário oficial do Estado, o Dia de Conscientização do Mutismo Seletivo. O objetivo é criar debates que levem a um conhecimento maior a respeito dos sintomas, das formas de tratamento e das consequências, além de divulgar informações.

"Precisamos colocar esse tema em evidência para que o distúrbio seja tratado mais rapidamente. Muitos pais sofrem hoje com o desconhecimento do assunto. A carência de especialistas para a realização de um diagnóstico precoce é grande", disse a deputada.

De acordo com especialistas, o problema acomete homens e principalmente as mulheres. A dificuldade está associada a um elevado nível de ansiedade, que pode ser genética e também decorrente de atividade mais intensa da amígdala cerebelar (grupos de neurônios).

O transtorno de comunicação que provoca a ausência da fala pode envolver a tartamudez ou gagueira, a dificuldade auditiva, o transtorno da aprendizagem, o transtorno da adaptação ou de separação, a depressão nervosa, o autismo e traumas psicológicos.

Pesquisas da American Academy of Child and Adolescent Phychiatry, divulgadas recentemente, apontam que o mutismo afeta duas vezes mais que o autismo.

mlamary@al.sp.gov.br