Opinião O Mais Médicos avança no Brasil


16/10/2015 20:00 | Enio Tatto*

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Quando o programa Mais Médicos foi instituído pela Presidenta Dilma Rousseff, em 2013, críticos de plantão a todas as iniciativas do governo petista apressaram-se em apontar falhas e problemas no projeto, negando-se a ver os seus inúmeros aspectos positivos. Hoje, dois anos após a sua implantação, esses mesmos críticos silenciam, pois os benefícios resultantes do Mais Médicos são evidentes e inquestionáveis.

Ao ser concebido, o programa objetivava enfrentar uma carência histórica de médicos em muitos municípios do Brasil. Antes do lançamento do Mais Médicos, 22 estados tinham um número de médicos abaixo da média nacional. Cinco desses estados tinham menos de um profissional para cada mil habitantes.

Entre 2013 e 2014, o governo federal selecionou e levou 14.462 médicos para 3.785 municípios. Assim, garantiu atendimento para 50 milhões de pessoas que precisavam se deslocar a outras cidades, nem sempre próximas, para ter assistência médica.

Neste ano, chegamos a 18 mil vagas para médicos no programa. 63 milhões de pessoas são beneficiadas, em mais de quatro mil municípios. Não há uma única cidade brasileira sem atendimento médico. E vale lembrar: em 2015, 92% dos profissionais selecionados são brasileiros.

Outro ponto importante do Mais Médicos é o de que ele não apenas coloca médicos nas unidades básicas de saúde, mas também amplia e incrementa a infraestrutura de atendimento. Nada menos do que 26 mil postos de saúde estão sendo reformados, construídos e ampliados com recursos do governo federal, em parceria com as prefeituras.

E tem mais: ao contrário das críticas que recebeu, de que seria imediatista, de que estaria dissociado de mudanças estruturalmente sustentáveis, o Mais Médicos está ligado aos avanços do ensino médico no País. Tanto é assim, que o Brasil criará 11,5 mil novas vagas em cursos de medicina até 2017. E esse crescimento tem sido acompanhado pela democratização do acesso, pois as faculdades se espalharam por diferentes regiões; atualmente, 52% dessas vagas estão localizadas no interior do Brasil.

Outra meta que avança é a do aumento do número de médicos por habitante: em 2013, havia 1,8 desses profissionais por mil habitantes. Com crescimento expressivo, esse número chegará a 2,7 no ano de 2026, padrão que o Reino Unido oferece hoje à sua população.

Não é à toa que, em pesquisa recente, 95% dos usuários do Mais Médicos aprovaram o programa. No mesmo levantamento, para 85% dos pacientes, os profissionais são competentes, ao mesmo tempo em que 90% aprovaram a forma como foram tratados durante o atendimento e 80% revelaram satisfação em relação ao acompanhamento.

Os dados estão aí, os números são expressivos e os resultados concretos são sentidos pela população. Como se vê, o empenho do governo da Presidenta Dilma Rousseff para oferecer mais saúde para quem precisa é mais uma das conquistas de sua administração.

*Enio Tatto é deputado estadual pelo PT e 1º secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

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