Representantes de alunos, professores e docentes de universidades públicas presentes nas audiências públicas regionais do Plano Estadual de Educação (PEE) apostam na unidade para garantir alterações no projeto do governo de Geraldo Alckmin. Nesta quinta-feira, 22/10, em Araraquara, na terceira audiência regional do PEE, os participantes destacaram as principais alterações a serem incorporadas na proposta do governo.

Lighia B. Horodynski Matsushizue, da Associação dos Docentes da USP (Adusp), sublinhou a necessidade de aprimorar as metas relativas à educação básica (ensino infantil até o ensino médio), à valorização dos professores e ao financiamento da educação.

A deputada Márcia Lia (PT), integrante da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, sugeriu relatórios regionais e, ao final, reunir as sugestões por representações. Sobre as chances das alterações serem aprovadas pelos deputados da base aliada de Alckmin e incorporadas ao projeto, a deputada é otimista: "o governo vai aceitar". Para o deputado João Paulo Rillo (PT), as audiências e a participação popular precisam ser respeitadas pelo governo. "Esta mobilização não poder ser usada para o governo dar um golpe na educação."

João Palma, coordenador do Fórum Estadual de Educação, acredita que a incorporação das propostas reunidas nas audiências depende da mobilização para a última audiência, no dia 27. Ele prevê consenso em relação a pelo menos três alterações: a retirada das metas 21, 22 e 23, o aperfeiçoamento das metas sobre financiamento da educação e sobre a valorização dos professores.

Para a presidente da Apeoesp, Maria Isabel de Azevedo Noronha, a Bebel, a aprovação do plano do governo, sem alterações "é um retrocesso". Ela também defende a rejeição das metas 21, 22 e 23 que tratam da municipalização, da flexibilização curricular e da formação dos professores.

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