Não tem escapatória: moeda fraca, carestia alta e a população mais pobre. Retrato de uma economia em desequilíbrio, estamos perdendo nosso poder de compra em relação ao resto do mundo. Os efeitos nocivos desse desequilíbrio econômico é cada dia mais sentido em nossos bolsos, com a alta do dólar puxando a inflação para cima. Além disso, diferentes indicadores já apontam uma crescente deterioração do mercado de trabalho. A projeção de instituições financeiras para a queda da economia este ano piorou mais uma vez e passou de 3,40% para 3,45%. As estimativas fazem parte do boletim Focus, publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2017, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, foi mantida em 0,50%. Um dos principais motivos que alimentam a crise econômica é a perda de credibilidade, não só no governo federal, como também na sua política econômica, e não podemos mais querer indagar se a crise irá acontecer. Essa questão já foi esclarecida, trata-se agora de saber de que forma ela continuará impactando diversos setores da economia e principalmente o bolso da população frente aos sinais de deterioração do quadro econômico. O Brasil não vai parar e para isso precisamos criar meios que acelerem o nível da atividade econômica, gerando oportunidades de negócios aos diversos setores da economia e também as finanças das pessoas. Talvez este seja o momento de retardar alguns investimentos, adiar decisões estratégicas que envolvam expansão de negócios e principalmente buscar meios e formas de sair vivo de toda essa turbulência com muita prudência e paciência. *Adilson Rossi é deputado pelo PSB e atualmente faz parte do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, além de ser membro efetivo da Comissão de Educação e Cultura e da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais.