Opinião - Investigações da PF continuam revelando


28/06/2016 12:19 | Abelardo Camarinha*

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Não custa ficarmos alertas. Petistas e ex-ministros pilharam aposentados e servidores federais em R$ 100 milhões. Ninguém e muito menos os aposentados, merece isso! O Brasil tem cerca de um milhão de funcionários públicos federais ativos e inativos e dezenas de milhares deles fizeram empréstimos consignados junto a bancos. Até aí, nada demais. Porém, eles foram vítimas de um ardiloso esquema de corrupção, segundo revelam as investigações da PF, armado e engendrado pelo ex-ministro do Planejamento Econômico no governo Lula e ministro das Comunicações no governo Dilma, Paulo Bernardo, petista.

Como acontecia a atividade daquela verdadeira quadrilha organizada. O empréstimo consignado do funcionário pagava uma pequena taxa de R$ 0,30, incluídos em sua prestação, todos os meses. Numa manobra sem licitação, o ex-ministro convidou uma empresa de nome Consiste, que passou a gerir os empréstimos consignados, cobrando uma taxa 400% maior, R$ 1,20 ao mês. A quantia era pequena, ninguém percebia ou reclamava. Porém, eram milhares de empréstimos, resultando no montante da fantástica soma de R$ 140 milhões.

Desse total, segundo determinação do ex tesoureiro do PT, João Vaccari Neto e do ex-ministro Paulo Bernardo, 70% ficava com o Partido dos Trabalhadores, conforme revelaram os investigadores. Do restante, 30% ia para o ministro Paulo Bernardo. Pode também estar incluído no estratagema, ainda segundo os investigadores, o ex-ministro da Previdência, Carlos Gabas, também petista, além de outros militantes do PT poderem estar implicados.

A própria sede nacional do Partido dos Trabalhadores em São Paulo, teve sua sede vasculhada com busca e apreensão por ordem judicial expedida pelo juiz da 6ª Vara Criminal Federal da cidade de São Paulo. No local, policiais federais apreenderam muitos documentos, computadores, HDs e equipamentos eletrônicos.

Paulo Bernardo, casado com a senadora petista pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, foi preso preventivamente em Brasília, no apartamento funcional da senadora, onde residem. Em outra ação do mesmo processo, a PF entrou e saiu de outro apartamento do casal em Curitiba (PR), os agentes foram efusivamente aplaudidos pelos moradores do prédio e populares vizinhos.

Resta dizer que a senadora Gleisi Hoffmann foi, por muito tempo, diretora financeira da binacional Itaipu, onde movimentou centenas de bilhões de reais. A senadora foi denunciada pela procuradoria por ter recebido R$ 1 milhão de dólares dos desvios da Petrobrás. Por enquanto ela não está envolvida neste escândalo dos R$ 100 milhões. Só o marido!

* Abelardo Camarinha é filiado ao PSB.

alesp