A CPI da Merenda ouviu, no dia 9/8, o depoimento do corregedor geral do Estado, Ivan Francisco Pereira Agostinho, e dos três delegados que iniciaram as investigações em Bebedouro sobre o suposto esquema de superfaturamento na venda de suco de laranja para a merenda escolar do Estado e de prefeituras, José Eduardo Vasconcelos, Paulo Roberto Montelli e Mário José Gonçalves. O corregedor reiterou as informações enviadas anteriormente para os membros da CPI, contidas no processo de investigação comandado pela corregedoria. "Nenhum suco foi adquirido do agricultor familiar", disse o corregedor. Para ele, ficou claro que esse procedimento permitiu ganhos financeiros aos gestores da Coaf, prejudicando o poder público e os cooperados. Relator da CPI, o deputado Estevam Galvão (DEM) questionou o corregedor sobre os possíveis danos ao Erário e providências tomadas pela corregedoria. Entre as sanções, está o pedido para tornar a Coaf inidônea e o encaminhamento à Procuradoria Geral do Estado para analisar um possível ressarcimento ao Erário público. Também foi pedida a instalação de processo administrativo-disciplinar contra Luiz Roberto dos Santos (Moita), ex-chefe de gabinete da Casa Civil estadual, e Dione Pavan, servidora afastada da Secretaria da Educação. Durante o depoimento prestado pelos delegados de Bebedouro, foi esclarecido que a delegacia daquela cidade encaminhou para o Tribunal de Justiça e a PGE o processo para investigação de possíveis irregularidades. egalvao@al.sp.gov.br