A Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab) iniciou, no dia 10/11, as visitas para cadastrar as famílias que deixarão a Favela de Jacareípe, na Vila Prudente, na capital. O espaço tem uma série de irregularidades elétricas e hidráulicas, denunciadas pela deputada Márcia Lia (PT) no início do ano e que colocam em risco constante os moradores. "Há muito tempo essas famílias vivem em risco e de forma indigna. Se as vigas que sustentam caixas d"água se romperem ou acontecer um curto-circuito no local, certamente haverá uma tragédia em Jacareípe. Agradeço a atenção da Cohab para com essa comunidade", disse a deputada, que é coordenadora da Frente Parlamentar pela Habitação e Reforma Urbana da Assembleia Legislativa.

Inicialmente 35 famílias serão removidas da favela. Assim que estiverem cadastradas, com documentos em ordem, os moradores receberão auxílio moradia equivalente a cinco meses, no valor de R$ 400 mensais, conforme contrato entre moradores e a companhia.

As famílias terão até o dia 30/11 para encontrar um imóvel para alugar e tirar todos os seus pertences, porque no dia 1/12 a Cohab dará início às obras. Elas consistem na recomposição estrutural dos reservatórios, instalação de caixas d"água com capacidade maior, substituição dos sistemas hidráulico e elétrico e troca do madeiramento. As fiações também estão aparentes e são ligações irregulares improvisadas, suscetíveis a incêndios. Não há prazo para o fim da reforma mas a companhia desenvolve projeto habitacional para construção de 75 apartamentos no conjunto Cintra Godinho, com acompanhamento do Movimento de Defesa do Favelado (MDF). As demais famílias serão encaminhadas a outros programas de moradia.

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